quarta-feira, outubro 19, 2011

Quando a Educação e a Cultura baixam para o nível da pobreza...

... as consequências podem ser irreversíveis por muito tempo!

«A despesa pública em educação em percentagem do Produto Interno Bruto, prevista para 2012, vai empurrar Portugal para a cauda da União Europeia.
De 5% do PIB em 2010, as despesas do Estado com a educação passarão a representar apenas 3,8%. Na UE, a média é de 5,5%. Na Eslováquia, que estava no final do tabela, rondava os 4%.
A descida deste indicador estrutural é apresentada na proposta de Orçamento do Estado para 2012.»

E enquanto Vitor Gaspar continua a guiar-se pela sua fé no "deus mercado", Nuno Crato já não se guia por coisa nenhuma, restando-lhe uma fé abstrata e irracional...

«Questionado por jornalistas, em Braga, o ministro Nuno Crato escusou-se a pronunciar-se em concreto sobre os cortes previstos no orçamento do seu ministério, mas considerou que as opções do Orçamento do Estado para 2012 são "as melhores" face ao "momento difícil" que o país atravessa. "São opções difíceis, vivemos um momento difícil, mas eu creio que são as melhores opções face à situação em que estamos", disse. "Temos todos esperança no futuro, na educação, na ciência, vamos ultrapassar este momento difícil, vamos de certeza conseguir ultrapassá-lo", acrescentou.»

Demita-se, Senhor Ministro Nuno Crato! As intenções que propagou não nos fazem falta nenhuma, mas, ao menos, mostre alguma dignidade recusando ser mero "pau-mandado". 
Li que argumentou  na defesa do corte da carga horária das disciplinas de História e Geografia que elas não são estruturantes. Olhe que a Matemática também pode não ser para "brilhantes" alunos, como parece ter sido o caso de V. Excia. 

3 comentários:

Moriae disse...

Totalmente de acordo.
Quanto ao Demo, disse que não comentava mas comentou e mais valia ter ficado calado porque não tem qualquer moral para vir falar em esperança depois do que tem andado a fazer.
Enfim ... :/

henrique santos disse...

Faço minhas as tuas palavras: "Demita-se,..."

Henrique Santos disse...

Isabel, isto afinal é muito intencional. Um povo educado é mais difícil de governar e não aceita estas políticas de destruição dos direitos humanos. E o lema destes é: quem quer educação que a pague, o que se traduz na prática: só tem direito à educação quem a puder pagar. Olha, respondi a um comentário meu no meu cantinho. quando puderes vai lá ler.