quinta-feira, setembro 29, 2011

Quando um governo perfilha ideologicamente os reais objectivos de "troikas"...

«(...)O objectivo dos ideólogos, escondidos sob o “manto diáfano” da competência técnica, como Vítor Gaspar e outros membros deste Governo, a começar por Passos Coelho, é o lançamento irreversível das bases económicas que permitam construir um outro modelo de sociedade. Um modelo que nada tem de novo – um modelo repescado do que começou a ser posto em prática, com outros meios e noutras conjunturas, principalmente a partir das últimas duas décadas do século XIX com o desenvolvimento do capitalismo è escala transnacional. Numa palavra o que hoje se pretende é: assegurar ao capital a maior liberdade de movimentos, fazer regressar o trabalho à condição de mercadoria igual a qualquer outra e reconduzir o Estado ao exercício de funções mínimas: defesa da propriedade e garantia da liberdade de acção dos titulares dos meios de produção. E mais uma ou outra função imposta pelas específicas situações do tempo presente.(...)
Claro que as alternativas existem. Mas fora do sistema, não dentro. Por isso não serão fáceis de pôr em prática e levarão anos a consolidar-se…»
JM Correia Pinto
(O meu agradecimento ao Francisco pelo texto, que pode ser lido na íntegra aqui)

1 comentário:

Anónimo disse...

A este respeito convirá pesquisar o que fez Carlos Menaem (é assim que se escreve?) na Argentina com a privatização de todas as empresas estatais que davam lucro.

Estamos perto de 2014, centenário de uma guerra provocada pelas rivalidades na obtenção de matérias primas para alimentar a produção em massa, depois do casamento do capital financeiro com a indústria, o que tem vindo a conduzir à infernal globalização.

Oxalá não seja preciso reeditar 1914-18 para fechar este ciclo.

Frederico