sexta-feira, janeiro 27, 2006

Todo o tempo é semente

Grant Wood, Seed Time
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Todos os bosques e todas as florestas foram destruídas,
assim como todos os jardins
e todas as obras de arte.

E os seres humanos limitaram-se a ficar sentados
sem nada fazer.

Um dia uma rapariguinha que nunca tinha visto uma flor
viu, por acaso, a última flor do mundo.

Um dia uma abelha visitou a flor,
e depois veio um passarinho.
Em breve apareceram duas flores, depois quatro
e depois muitas flores.
(Excertos de A última flor - James Thurber)


(do original, 1939)

Senti algum desânimo nas últimas palavras - "Tirem-me deste filme" - deste post. Às vezes também me apetece dizer Tirem-me deste filme!, e, nalgumas dessas vezes, no filme a que me refiro o estado da escola até é só um pequeno documentário de abertura ao filme principal, com temática mais funda.
Mesmo assim, o desânimo que me pareceu ler - e embora o tome como momento fugaz - fez-me ir a um blogue, onde não ia há mais de dois meses, procurar algo que sabia que havia de encontrar por lá, posto num desses momentos em que quero dizer ao desânimo Vai-te, diabo, que t'arrenego! E foi de lá que trouxe isso que está no meu post de hoje. (Não roubei nada, - é um cantinho onde vou raras vezes só para colocar uma espécie de metáfora que solte algum pensar de momento comigo mesma, ainda não fiz clic no delete your blog, mas mantenho-o "apagado").

P.S. O Miguel Pinto, a quem hoje dedico especialmente este post, é um óptimo descobridor na blogosfera, mas desta vez... livra-te, Miguel, de ires descobrir o tosco do mencionado bloguezito!!!

Adenda: Acabei de ler um post do Miguel Sousa (ele sabe qual), ainda venho a tempo de estender a dedicatória especial - Miguel, aqui fica a minha singela dedicatória também para ti.

9 comentários:

Teresa Martinho Marques disse...

Fiquei cheia de vontade... de curiosidade... mas acho que é tão saboroso ter jardins secretos, que nem me atrevo (e não sou grande "descobridora"... portanto...). Só para dizer que deve ser um cantinho que tem tudo a ver comigo... a avaliar pelo bocadinho que partilhaste hoje. Prometo não partir em busca... se prometeres, sempre que te apetecer, partilhar connosco uma flor do teu secreto jardim...

IC disse...

Teresa, não é um jardim, se trouxe de lá uma flor, não quer dizer que não haja lá cardos (às vezes também estou furiosa lol). A sério, raramente lá ponho qualquer coisa, se fosse um cantinho que tivesse muito a ver contigo era bonito e mostrava-o. Só falei dele porque detestaria que alguém por acaso o encontrasse e pensasse que ando a roubar coisas de blogs (se "roubo", digo).

Miguel Pinto disse...

Isabel
Prometo que não revelarei a tua zona protegida se por mero acaso lá passar.
Quanto ao desânimo… ele não é estrutural… é apenas circunstancial…;)

matilde disse...

"Em breve apareceram duas flores, depois quatro
e depois muitas flores"... é isto que nos faz continuar a acreditar que é possível não é?
Obrigada pela partilha. Fez-me bem.

Rui Diniz Monteiro disse...

Cara Isabel, li este teu post, fui ao do Miguel e voltei aqui. Entretanto, lembrei-me de algo que George Bernard Shaw escreveu e que te vou dedicar:

"O homem sensato adapta-se ao mundo.
O homem insensato persiste em tentar adaptar o mundo a si mesmo.
Por isso, todo o progresso depende dos insensatos."

IC disse...

Obrigada a todos pelas visitas, obrigada ao Rui também pela dedicatória :)
Bjs

«« disse...

obrigado Isabel, sabes é por causa de pessias como tu que ainda ando por cá...obrigado bravo

Miguel Pinto disse...

Pois é, Rui. Esse Shaw sabe o que diz... contudo convirá não esticar a corda da insensatez... é que pode rebentar-nos o mundo em cima da cabeça… ;)

E agora a despropósito: Está alguém em casa? :)

«« disse...

pois, mas ser insensato custa e cansa...e custa e cansa mais quando temos familia para alimentar, alimentar de amor...