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quinta-feira, outubro 06, 2011

Critérios jornalísticos...

Passando os olhos pelas capas dos jornais (que recebo no mail), hoje noto mais uma vez habituais critérios divergentes nos títulos das notícias, consoante as 'tendências' dos jornalistas ou dos respectivos orgãos de "informação".

«FMI: Buraco na Madeira força revisão da ajuda a Portugal»  (Diário Económico)

«FMI diz que Portugal não precisa de novo resgate» (Diário de Notícias)

Os conteúdos das notícias acabam por não ser diferentes, mas a verdade é que é no título que se pretende o 'impacto'...

segunda-feira, maio 02, 2011

Reparo a jornalismos-TV sobre a notícia do dia

Não comento a notícia do dia. Sou frontalmente contra o terrorismo, mas não sei quais as consequências do acontecimento.
Vim aqui apenas por ter acabado de ouvir (23h53m), entre as várias vozes portuguesas de jornalistas repetindo a notícia, uma referindo o atentado do 11 de Setembro como "a maior tragédia de que há memória na Histótia da humanidade". (!!!)
Claro que todos os atentados ceifando vidas são tragédias. Claro que todos os que assistimos (e repetidamente) na TV ao 11 de Setembro ficámos impressionados e revoltados, mesmo os que depois admitimos que talvez ficasse para sempre por esclarecer completamente. Mas... haja senso! E haja cuidado na escolha dos jornalistas que são admitidos para emitirem ou repetirem notícias, a qualquer hora que seja. 
Foram muitas as vítimas do atentado do 11 de Setembro, mas... foram cerca de três mil. 
Nem é necessário lembrar ao sr. jornalista (e a outros que tais)  uma  tragédia tão grande como o Holocausto, para o qual não é preciso longa memória histórica, a menos que, na sua ideia,  "tragédia" só conte se nela forem abrangidos cidadãos americanos.

terça-feira, novembro 11, 2008

Quando o que se diz é tão redutor do que se passa...

Jornalistas e comentadores não são analfabetos, mas não sei para que lhes serve saberem ler se nunca (ou raramente) estudam a matéria de que falam. E assim se vai insinuando ao país que os professores (ou pelo menos 80% deles) andam a fazer tão grande alarido por causa do preenchimento de duas fichazitas.
Mas já que só referem avaliação, avaliação, e até concluíram que se trata apenas de umas fichas a preencher, pois a Senhora Ministra assim o disse, ao menos podiam ir averiguar que perversidades têm as tais fichas. Ao menos, ao menos podiam reparar nalguma dessas perversidades, numa, numazinha só, por exemplo naquela que faz pesar na avaliação do professor as tachas de insucesso e de abandono escolar.
E sobre a burocracia de que se queixam os professores, ninguém informa a opinião pública sobre a papelada que já os estava a atolar antes das grelhas da avaliação. E voltando ao modelo de avaliação, jornalistas e comentadores (salvo raríssimas excepções) ignoram ou acham de somenos importância os critérios com que os avaliadores chegaram à categoria que lhes permite assumir tal função, bem como isso de um professor de uma disciplina ir avaliar um colega de outra área científica, isto para não falar de delegação de competências a efectuar agora para deixar de ser ilegal daqui a dois ou três meses; também ignoram ou acham de somenos importância qualquer confusão entre autonomia e arbitrariedade de escola para escola - confusão que começa a arrepiar-me, confesso.
Bem... já que o tema que anda nos ouvidos de todos é o modelo de avaliação do desempenho dos professores, não vou pedir (por agora) aos senhores jornalistas e comentadores que estudem outras preocupações relacionadas com a escola pública. Mas confesso que tenho uma vozinha dentro de mim a perguntar-me baixinho se Maria de Lurdes Rodrigues se manteria ainda tão intolerante e teimosa caso aquela figura de Director da escola não andasse já a tomar forma e a fazer os seus estragos numas tantas cabeças.

segunda-feira, março 06, 2006

Continuando a (des)enrolar o novelo

Há umas duas semanas peguei noutra ponta dos meus novelos, perguntando-me: "Que efeitos teve a actual política educativa na minha pessoa?"
Hoje volto à auto-observação (nem é preciso acrescentar "análise", pois basta olhar-me, reparar). E dou-me conta de que ando frequentemente irritada, quando, afinal, sempre foi minha prática simplesmente distanciar-me, sair mesmo fora de contextos que mexem com os meus... "nervos".
Distanciar-me ou sair fora da política educativa estrita (estrita, porque há os prolongamentos, os ajudantes extra) não é possível - é coisa de demasiadas consequências para poder alhear-me. Mas, andar a ler certos escritos que, por muito que peguem nos leitores desprevenidos ou pouco dados a exigências, só merecem o meu desdém... ora, Isabel, até parece mesmo vontade de te irritares!

Artigos e... até publicações com capinha e tudo, pois, à vontade de autopromoção, há sempre promotores a ajudar.
Não escrevem só desinformação (ou opinião sem informação). Há quem seja mais habilidoso e use métodos, para vender o seu peixe, com aparência de fundamentos ou de comprovativos. A habilidade está no uso de métodos não só redutores, mas também deturpadores e até falsificadores, que facilmente escapam a leitores que estão fora do contexto. E assim se induz esses leitores à tal generalização de realidades que até existem aqui e ali, ou de ridículos que também até existem ali e acolá. E até acontece haver quem pretenda desmontar ou ridicularizar (pseudo)conceitos que, por acaso, não deixam de andar aqui, ali ou acolá em confusão, sem primeiro se ter o próprio desconfundido bem a si mesmo.

E, com esta prosa (vaga, porque decidi não me dar mais ao trabalho de explanar sobre o que deito para o lixo, e lixo toda a gente sabe que abunda), termino hoje as minhas auto-exposições a irritações face a certos escritos que andam tentando fazer a cabeça da opinião pública.

Uff! Parece que desta fase tendente à irritação já me libertei! Sempre é um avançozito a direito pelo fio do meu novelo...
(Era só questão de reparar como me deixei andar irritada durante uns dias por umas leiturinhas na cama antes de adormecer - até perder a paciência para as linhas finais face à tomada de consciência dos estados de irritação em que me tenho deixado cair)