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terça-feira, outubro 17, 2006

Hoje... apenas uma citação e um poema

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"A educação é um processo social, é desenvolvimento. Não é a preparação para a vida, é a própria vida."
John Dewey (1859-1952)

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Das Utopias

Se as coisas são inatingíveis... ora!
não é motivo para não querê-las.
Que tristes os caminhos, se não fora
a mágica presença das estrelas!
Mário Quintana

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quarta-feira, setembro 20, 2006

Apenas anotando um texto e deixando duas imagens

De um "passeio" pela A Página da Educação, que não visitava há um tempo:

"A humanidade caminha muitas vezes para o abismo sabendo sempre evitá-lo" - artigo de José Paulo Serralheiro.
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Odilon Redon

Guardian Spirit of the Waters (1878)

Flower Clouds (1903)             

quinta-feira, agosto 24, 2006

...

(Momentos... pensamentos... estradas... curvas de estrada... Mas Agosto ainda tem uma semana, eu destinei Agosto ao repouso do pensar a fim de ficar em forma para novos 'pensares', este cantinho é-me útil para tirar da mente pensamentos rebeldes àquela decisão e aqui os fechar quietinhos, assim em jeito só de metáforas que os meus poetas e pintores me proporcionam dispensando-me de me deter nos insinuados pensamentos por alguma tentação de os deixar desenvolverem-se, inclusive pela escrita, o que quebraria o repouso)

MENDIGO do que não conhece,
Meu ser na 'strada sem lugar
Entre estragos amanhece...
Caminha só sem procurar...


Fernando Pessoa (Poesias Inéditas)



Paul Cézanne (1885)

sexta-feira, junho 30, 2006

Mais intermitências

Feodor Vasilyev (1870). After a Heavy Rain.
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Andam irregulares as minhas visitas na "blogosfera docente" e, por vezes, visito em silêncio. Tal nada tem a ver com os blogs ou escritos de amigos e colegas. Também tenho escrito dividida entre o impulso dos dedos para as teclas e a vontade de dormir, ler, ir olhar o rio. Na verdade, tenho andado numa ressaca, não sei se de uma tempestade, se de um soco que levei na cabeça (ou de um grande soco que dei eu quando saía porta fora antes do final de um filme que até era apaixonante?), se, simplesmente, de uma bebedeira sem alcool, mistela qualquer para adormecer algum despontar de perguntas tais como 'Tempo queimado, anos inúteis por um ensino e por um país?', 'É gosto ou é parvoíce continuar a amar a profissão da minha vida?' Mas a ressaca está em vias de passar (sempre curei todas, e empenhada em o fazer com rapidez!).

Bem, isto foi só para prevenir ou explicar mais intermitências possíveis no meu estar aqui pela blogosfera. E não é pensamento negativo, antes é um jeito de o afugentar.
[Até não é a primeira vez que trago o 'caminho para relaxação', para ficar aqui no cantinho bem à frente da minha vista ;)]

Barbara Aliaga, Road to Relaxation

sábado, junho 10, 2006

Hoje...


... estou nitidamente FARTA!



De muitas coisas "escolares"
(de algumas delas não falo em público),
na 6ª feira enchi e transbordei
(nada a ver com greves ou ECDs),
quero paz de espírito!




Larry Brown, Peace of Mind

quinta-feira, maio 25, 2006

Tanta gente... e tão poucos...

Fere-me esta idolatria mais do que todos os crimes:
Tanto fervor desviado e perdido!
Tanta gente ajoelhando à passagem do tempo
e tão poucos lutando para lhe abrir caminho!
(...)
Jorge de Sena (Panfleto)

segunda-feira, maio 15, 2006

O pequeno Azul

"O pequeno Azul pergunta ao seu velho e sábio avô:
- Como chegar ao amanhã?
E o velho sábio responde:
Primeiro, para chegar ao amanhã, é preciso querer chegar lá ...
Em seguida, devemos escolher as pousadas aonde descansar e refletir acerca do próximo caminho a percorrer.
Depois, a cada passo do caminho, perguntar o que fazer com as pedras encontradas na estrada, nas margens e no horizonte.
Manter o olhar alternadamente no futuro e a um metro dos pés.
Finalmente e sempre:
- sentir e caminhar, caminhar e sentir, sentir e caminhar...
Como o pequeno Azul, caminhando e, sobretudo, sentindo, chegaremos ao amanhã..."

Autor desconhecido, Como chegar ao amanhã. Em www.metaforas.com.br

quarta-feira, maio 03, 2006

Adenda: Pensamento oscilante

Pensamento 1
este papel de parede
ou ele se vai
ou eu me vou

(Oscar Wilde)

Pensamento 2
Já é primavera:
Uma colina sem nome
Sob a névoa da manhã.

(Matsuo Bashô)

quarta-feira, abril 05, 2006

Momento (1º passo numa ponte)

De manhã preencherei um impresso... (só lá para fins de Julho ou Agosto será tempo de o relembrar). Para não o preencher com ódio - sentimento que rejeito e é irracional -, percorri telas de Vincent Van Gogh...

Vincent van Gogh (1888). Drawbridge with Lady with Parasol

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Vincent van Gogh (1889). The Starry Night

"Noite estrelada... estrelada...
Pinte sua paleta azul e cinza...
Olhe para um dia de verão
com olhos que sabem da escuridão da minha alma." (...)
(Don Mclean)

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Vincent van Gogh (1890). Wheat Field

Com telas que não ponho aqui...
mas também com seus campos de trigo...
Que me quer dizer?

(Vou procurar as flores, depois volto)

Vincent van Gogh (1889). Irises

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Adenda:
Até fixar bem os pés na ponte, deixo mais estas para os amigos - as de cima são para mim... não me chamem egoísta ;)

Vincent van Gogh (1888). Sunflowers

quinta-feira, fevereiro 02, 2006

Do silêncio...


Penso 99 vezes e nada descubro. Deixo de pensar, mergulho no silêncio, e a verdade me é revelada.
(Albert Einstein)


Livio Benedetti, Elegie du silence

sexta-feira, janeiro 27, 2006

Todo o tempo é semente

Grant Wood, Seed Time
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Todos os bosques e todas as florestas foram destruídas,
assim como todos os jardins
e todas as obras de arte.

E os seres humanos limitaram-se a ficar sentados
sem nada fazer.

Um dia uma rapariguinha que nunca tinha visto uma flor
viu, por acaso, a última flor do mundo.

Um dia uma abelha visitou a flor,
e depois veio um passarinho.
Em breve apareceram duas flores, depois quatro
e depois muitas flores.
(Excertos de A última flor - James Thurber)


(do original, 1939)

Senti algum desânimo nas últimas palavras - "Tirem-me deste filme" - deste post. Às vezes também me apetece dizer Tirem-me deste filme!, e, nalgumas dessas vezes, no filme a que me refiro o estado da escola até é só um pequeno documentário de abertura ao filme principal, com temática mais funda.
Mesmo assim, o desânimo que me pareceu ler - e embora o tome como momento fugaz - fez-me ir a um blogue, onde não ia há mais de dois meses, procurar algo que sabia que havia de encontrar por lá, posto num desses momentos em que quero dizer ao desânimo Vai-te, diabo, que t'arrenego! E foi de lá que trouxe isso que está no meu post de hoje. (Não roubei nada, - é um cantinho onde vou raras vezes só para colocar uma espécie de metáfora que solte algum pensar de momento comigo mesma, ainda não fiz clic no delete your blog, mas mantenho-o "apagado").

P.S. O Miguel Pinto, a quem hoje dedico especialmente este post, é um óptimo descobridor na blogosfera, mas desta vez... livra-te, Miguel, de ires descobrir o tosco do mencionado bloguezito!!!

Adenda: Acabei de ler um post do Miguel Sousa (ele sabe qual), ainda venho a tempo de estender a dedicatória especial - Miguel, aqui fica a minha singela dedicatória também para ti.

domingo, janeiro 22, 2006

O dia...

...será de silêncio também - durante ele, às 19, às 24 h.
Este cantinho é para todos os que o queiram visitar e partilhar. Une-nos a Escola, os Alunos, e, nesse elo, interrogações, perspectivas ou propostas diferentes, mesmo discordantes, são o pão que alimenta a discussão, são os desafios a este grande desafio que está a ser pensar A Escola.
É um blog bem definido, memórias circunscrevem-se, directa ou indirectamente, só às de professora. Mas na minha vida, agora já tão constituída por desenrolar de memórias, houve outras causas (há, pois mesmo quando algo inactivas, permanecem), outras lutas, para fora da escola, vivendo o país e o mundo. Isso, de vez em quando aqui perpassa apenas num pensamento ao de leve, discretamente, mais em metáforas com que falo só comigo mesma.

Deixai-me limpo
O ar dos quartos
E liso
O branco das paredes

Deixai-me com as coisas
Fundadas no silêncio

Sophia de Mello Breyner Andresen, Instante

segunda-feira, janeiro 16, 2006

Pensando (ou sentindo)...

Mas é melhor pensar que ontem foi domingo :)

Ron Stephenson
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...a política educativa













David & Goliath Gallery




...prepotência a pairar (mas sufocar, já me bastou noutros tempos)










C. D. Friedrich, Woman with a cobweb between leafless trees





...a política mundial













Ed Vidal, Cobweb

quinta-feira, janeiro 05, 2006

Prioridades II




Uma boa vida tem como base o sentido do que queremos para nós em cada momento e daquilo que, realmente, vale como principal.
Guerdjef

Cláudio Bravo

quinta-feira, dezembro 15, 2005

...

Passem de longe, bondes, ônibus, rio de aço do tráfego.
Uma flor ainda desbotada
ilude a polícia, rompe o asfalto.
Façam completo silêncio, paralisem os negócios,
garanto que uma flor nasceu.

Sua cor não se percebe.
Suas pétalas não se abrem.
Seu nome não está nos livros.
É feia. Mas é realmente uma flor.

Sento-me no chão da capital do país às cinco horas da tarde
e lentamente passo a mão nessa forma insegura.
Do lado das montanhas, nuvens maciças avolumam-se.
Pequenos pontos brancos movem-se no mar, galinhas em pânico.
É feia. Mas é uma flor. Furou o asfalto, o tédio, o nojo e o ódio.

Carlos Drummond de Andrade, excerto de A Flor e a Náusea

terça-feira, dezembro 13, 2005

...

Dos tubatões fugi eu
Os tigres matei-os eu
Devorado fui eu
Pelos percevejos.
Bertolt Brecht

segunda-feira, novembro 28, 2005

Versus Admirável Mundo Novo

Este caminho
Ninguém já o percorre,
Salvo o crepúsculo.

Bashô Matsuo

Ah, o passado,
O tempo onde se acumularam
os dias lentos.

Busson


Josef Danhauser (1845), A Family Resting At Sunset
(Imagem reduzida, clicar)

A normalidade é tão somente uma questão de estatística.
Aldous Huxley

terça-feira, novembro 22, 2005

O debate e as minhas imagens

(Estou a ficar preocupada com a minha mente!)


Borisenko Pavel (1998), Mirage

Pisarev Gennadiy (2004), Stone