quinta-feira, março 29, 2012

Mais exames... Um regresso ao antigamente?

Exames no 6º ano, exames no 4º ano...
Porque (dizem) os professores são pouco exigentes. Não se interrogam sobre as razões do progressivo abaixamento de exigência (excepto daqueles professores a quem nenhuma intimidação faz abrir mão da exigência).
Deixem a obsessão de classificar e pensem em formar! Não lhes faltam meios já instituídos, falta-lhes, sim, a vontade política.
Instituíram as provas de aferição. Deixem de querer só estatísticas dos resultados! Invistam na análise das principais lacunas detectadas nessas provas, enviem as conclusões para as respectivas escolas e dêem a estas condições e autonomia para que cada um dos Departamentos de Língua Portuguesas e Matemática possa debater e concretizar sem medo um ensino mais exigente e uma avaliação justa dos alunos no final de um processo em que os mesmos tenham o apoio diferenciado de que necessitam e formas de avaliação formativa.
Criaram um sistema de avaliação de professores. Se a "preocupação" com as aprendizagens dos alunos não fosse hipocrisia, deixariam de fazer desse sistema um meio para economizar na progressão na carreira docente para fazer dele um meio de avaliação primordialmente formativa, um meio estimulante e destituído de perversões, em que os professores pudessem cooperar e trabalhar com os alunos com entusiasmo e sem medos.
Nada sabem do árduo trabalho dos professores e nada sabem de ensino-aprendizagem. Nada sabem também, nem têm quem saiba, sobre a difícil e complexa tarefa de elaboração de provas de exame fidedignas. E nada os preocupará se muitos professores passarem a trabalhar na sala de aula para o treino das crianças para as ditas provas. Talvez com tal treino se venham a verificar" boas notas", e eu não sei se não sabem ou se não querem saber de tudo o que de verdadeiramente importante para o real desenvolvimento cognitivo dos alunos ficará excluído com o estúpido "treinar para o exame".
Em suma: Se é mesmo com a preparação dos alunos - de todos - para as suas vidas futuras que estão preocupados, então só tenho a lamentar a presunção irresponsável de um ministro que, antes de o ser, sobejamente mostrou a sua tacanhez de conhecimento sobre Educação. Um lamento profundo porque serão as crianças as cobais de experiências assentes em ideias obsessivas de tal ministro.

(Escrito sem adesão ao novo A.O.)
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Adenda
Uma memória que concorre para a minha posição: Aqui

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quarta-feira, março 21, 2012

Primavera...

1º dia de Primavera... Dia em que, há anos, fui avó pela 1ª vez.

Claude Monet (1886), Le Printemps