Mal escrevi este título, o meu blog entregou-me um pré-aviso de greve, diz que é de protesto, e na assinatura leio Memórias. Vou ter que passar uns dias em negociações com ele (ou com elas?).
Ainda por cima, vou ter que andar em negociações comigo mesma, pois na semana passada mais uma caterva de papelada (leia-se "tempo para mais nada" ou "roubo do tempo que seria importante") fez-me voltar costas depois de roubar um papel que ainda estava em branco, cheia de vontade de escrever nele o meu pré-aviso de greve ilimitada.
E ainda por cima de tudo, as minhas turmas vão fazer teste e eu já só tenho uma aula com cada uma para as últimas negociações sobre a atenção, a mente solta e umas coisitas em que tenho andado às teimas com alguns ... negociações que são outras e não podem ser prejudicadas por conflitos com desencantos.
5 comentários:
pois é o desencanto é total e entristece quem tem gosto por isto. Admiro a vontade e o correr por gosto, sem cansar...
Queres recuperar o encanto? E se dirigirmos o olhar para a escola situada?
Não consigo recuperar o encanto quando ando é a olhar, ou melhor, quando me anda a entrar pelos olhos não a escola mas onde ela está situada, o que não é o mesmo que "escola situada" que refere o Miguel Pinto. Ou talvez não seja assim tão deslocado o meu comentário, pois não é minha a afirmação "O investimento social e político na escola é necessariamente o investimento na sociedade e na comunidade onde aquela está mergulhada" (Manuel Patrício?), e nunca senti a sociedade tão desfavorável à educação (e à cultura) como actualmente - mais que desfavorável, é actuante no sentido contrário. Nem no antigamente de má memória, pois nesse os "valores" impostos provocavam, por reacção, os valores. E a saída disto não passa só por governos, porque não me estou a referir aos "problemas sociais", estou a referir-me ao global.
(Miguel Pinto: estou a deturpar tudo? )
Isabel
Malogradamente, o desinvestimento na escola reflecte o desinvestimento na educação. E esta tomada de consciência agrava a sensação de mal-estar que se vive hoje na escola. O sentido da mudança deve ser questionado por todos nós para nos situarmos influenciando desse modo o curso dessa mudança… Que tal? ;-)
"O sentido da mudança deve ser questionado por todos nós para nos situarmos influenciando desse modo o curso dessa mudança…" Mas... os que questionam chegam para influenciar? Individualmente não se influencia nada de significativo, e hoje em dia já não vejo "espaços" para se formarem "correntes de influência"
(Mas isto é uma fase negativa em que estou há dias, outra virá :) )
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