quinta-feira, novembro 24, 2005

Fim de semana...

Estou em fim de semana porque tenho a 6ª feira livre (ai o que vão dizer!!!). Mas para manter um dia livre - tiraram-me as reduções quando até já me posso reformar, só que não me apetece (não me apetecia até há 4 meses atrás) e os meus alunos mostram que isso não lhes passa pela cabeça, ao menos, dia livre!! -, para manter dia livre, dizia, os outros ficaram tão carregadinhos com a componente lectiva + a componente não lectiva não individual (que a individual decorre na semana e no fim de semana), que chego ao final de quinta a apetecer-me dormir 12 horas seguidas. Hoje, e não pela 1ª vez, como saio da escola às 18.30 e é o dia em que vou buscar os netos para dar de jantar porque é dia em que os pais têm um horário complicado, só fui capaz de os levar a jantar ao restaurantezito da esquina. Não deixamos de nos divertir, mas chego a casa a sonhar com dormir 12 horas (não confesso que o sonho é para 24 horas por vergonha). Sempre fui um tanto animal nocturno na produção ou trabalho individual - componente não lectiva individual na escola, para mim, portanto, só quando as escolas tiverem camas - mas hoje... VOU DORMIR!

6 comentários:

Maria Lisboa disse...

Quanto a camas, já pensei em instalar um negócio de "colchões" ... tenho-os de vários tipos: os verdes de espuma - os mais incómodos, por isso seriam os mais baratos; os de queda - altos e mais cómodos,um pouco mais caros; o de tumbling - comprido, por isso colectivo(!)... tipo camarata ... não sei se não seria o que teria mais saída por ser o que teria mais possibilidades!
Dormida, com possibilidade de uso de casa de banho, com banho (!) ... pelo andar da carruagem, parece-me um negócio de futuro!!!

Fora de brincadeiras ... as sras inspectoras que foram "esmiuçar os horários" disseram que não podia ser ... que nem pensássemos ... que dia livre estava fora de questão!!! e uns bla-blá-blás do género ... o "chefe" bem alegou que estava lá tudo o que era pedido (!), que era um dia destinado à componente individual (que é feito da autonomia?!, mas não as convenceu, este ano ficou assim, mas para o ano, não sei ... não!
Estes "bichos de conta" que têm andado pelas escolas ainda são piores do que a dita cuja!!!! Ou será que vem tudo na sequência de uma das últimas descobertas da srª. Uma das informações que o "chefe" trouxe da reunião dos CEs com a ME é que a srª quer uma escola inclusiva para os professores!!!!
E esta, hein!!!!

Miguel Pinto disse...

Agora fiquei confuso, f. Escola inclusiva para professores?...Creio que é uma inversão de política... ou não?
hummm...até faz algum sentido... educação inclusiva, sociedade inclusiva... e depois?

Maria Lisboa disse...

Também fiquei confusa e essas tuas considerações e esse teu hummm também me ocorreram quando ouvi a informação. O sorrisinho do “meu chefe” disse-me logo que não valia pena perguntar - para ele, esta frase constituía, apenas, mais uma expressão gratuita da nossa ME. No entanto, ela não é parva de todo e isto deve ter uma qualquer razão de fundo. Pensando em “inclusão”, nas suas diferentes vertentes, apercebi-me de que na inclusão de deficientes existe a necessidade, não apenas de um apetrechamento material específico, mas também de proporcionar condições físicas de acessibilidade a esses materiais. Será, já que ela falou sobre a construção de gabinetes de trabalho e o apetrechamento das escolas com portáteis, que ela considere que essa sua medida vai contribuir para a construção de uma “escola inclusiva para professores” (seja lá isso o que for)? Ou será que se refere a outros contextos? Atendendo a que só é necessária inclusão quando há exclusão, i.e., quando determinado grupo mantém outro nas margens do seu território (seja em que sentido for que se dê essa exclusão) questiono-me sobre esta afirmação/conceito da ME, e pergunto: se os professores têm que ser incluídos, quem os tem vindo a excluir da escola? Como? E porquê?

IC disse...

Caros amigos
Depois da minha cura de sono (que não foi de 12 horas, mas dormi bem), hoje (ontem, 6ª) pus um post, desandei de casa e voltei só quase agorinha. Amanhã, o meu sábado será quase todo para os alunos (testes e outros materiais para elaborar)e domingo será para o programinha que os meus netos ainda não combinaram, mas vão combinar comigo. Por isso a D. Milu está excluída do meu fim de semana, perdoem-me que me exclua (pelo menos por agora) da discussão desse novo rasgo de inspiração da dita senhora sobre escola inclusiva para professores.
Não gosto de ver pessoas a fazer figuras ridículas e, desde o dito de que nenhum professor de Português deixaria de gostar de ir dizer uma graças às crianças do 1º Ciclo, passando por outros e terminando agora nesse da escola inclusiva para professores, só pergunto: não há no ME quem ajude uma Ministra a, ao menos, não cair no ridículo?

f...
Quanto ao dia livre, os inspectores na minha escola passaram todos os horários a pente fino, mas suponho que não embirraram com essa questão (ou, se embirraram, não insistiram)

«« disse...

Bravo Isabel, espero me reformar daqui a 24 anos, se entretanto não aparecer mais um socrates e mandar a idade da reforma para os 100, com o pretexto que nós estamos a chegar aos 180 anos de vida. Espero ainda e com muita força, no caminho não perder a vontade de estar com os meus alunos....

AnaCristina disse...

Isabel... a minha cura de sono foi hoje de manhã e ontem à noite.
Depois de uma semana dura a dormir 2/3h, ontem sentei-me no sofá a ver um filme que vou mostrar ao 8ºano; acho que não passei dos primeiros dez minutos. Acordei às 3h da manhã, toda partida.
Pus o despertador para as 8.30 para fazer o que uma mulher casada tem que fazer ao sábado: limpezas, compras, roupas... Se não é o meu maridão a ligar-me ao meio-dia e meia, ainda agora podia estar a dormir...

E ainda dizem, com razão, que os profs têm boa vida... Tanto dormir... ;)

Um abraço