quarta-feira, junho 21, 2006

E porque hoje é um dia qualquer...

Não me apetece escrever, vou para a cama ler. Tenho um livro para acabar, pois meti pelo meio um poema em prosa (estava a precisar), mas vou acabá-lo hoje - O Século Chinês*. Ainda não tinha lido um ponto da situação tão completo e, se já andava com dificuldade em imaginar este século com os vertiginosos "progressos" da China (que me sejam desculpadas as aspas, mas o conceito de progresso cá para mim anda desvirtuado pelo planeta inteiro), agora, com este relato, se tento conceber previsões, quem fica doida sou eu.
(Eu sempre achei que o universo não é doido, portanto o nosso planeta também não, mas o nosso planeta é habitado, os seres que nele habitam perderam os sonhos, uns porque se embriagam em banhos de notas, outros porque não têm nem uns trocos para sobreviver, e os primeiros são loucos e põem os segundos loucos. Mas ainda há uns terceiros que têm a sorte de não ter nenhum monte ou montinho de notas, mas ficam-lhes umas moeditas até para ir comprando livros, acho que ainda são os que conseguem ir arranjando protecções para não virarem doidos)

Afinal, escrevi umas palavritas, mas é mesmo verdade que não me apetece escrever até ao fim de semana.
Bom trabalho para todos!
_________
*Federico Rampini (2006). O Século Chinês. Editorial Presença. (Original publicado em 2005)

9 comentários:

Anónimo disse...

Beijinhos para ti e boas leituras!

tsiwari disse...

Bom "dolce fare niente".

INVEEEEEEEEEEEEEJAAAAAAAAAAAAAAAAAA!


:)****

«« disse...

chama-me louco...o último livro fora da minha area de estudo que li foi o código e foi logo que ele saiu....estou estupidificando.

PS OBRIGADO POR TEREES TIRADOS AS LETRAS DO "MEU CORAÇÃO"

IC disse...

Teresa, bjinhos tb para ti.

Tsiwari: Não tenhas inveja, eu não sei coexistir com a inactividade, espero saber continuar sem que tal aconteça, só estou com férias num período diferente do vosso, isto é, não são em Agosto ;)****

Miguel, olha que eu passei longos períodos da minha vida sem tempo para pegar num livro fora das áreas de trabalho. Com o doutoramento, vai acontecer-te isso, mas tenta ler esse livro, que uma coisa é sabermos que a China em poucos anos teve um desenvolvimento tecnológico, etc. a velocidade vertiginosa, outra é apercebermo-nos bem de toda aquela realidade e do que pode significar um século XXI dominado por uma China q está a caminho de se tornar uma grande superpotência mundial.
Abraço :)

Anónimo disse...

Espero que se tenha divertido tanto a ler a Stôra Lili como eu a escrevê-la.
Um abraço
fatimabica@sapo.pt

IC disse...

A Fátima Bica: muitíssimo obrigada pela sua visita. Diverti-me imenso, sim, li-o no verão passado e creio que o referi, nessa altura, aqui no meu cantinho. Andamos a precisar muito de humor, mas crítico, e sem proteger a escola também do sentido crítico, sendo mais agradável fazê-lo com bom humor no âmbito de: "Esta é uma obra de ficção. Qualquer semelhança com pessoas, nomes, factos, ou acontecimentos da vida real terá sido coincidência". ;)
Um abraço.

«« disse...

vou aceitar o desafio e levarei o livro para os dez dias de ferias que espero vir a tirar.

Rui Diniz Monteiro disse...

Se acontecer a China tornar-se uma superpotência mundial a co-responsabilidade é nossa:
- de cada vez que compramos artigos made in china (em vez de, por exemplo, made in Portugal - um patriotismo mais consequente do que aquele, bacoco, que revelamos em relação ao futebol) a preços impossivelmente baratos;
- e quando compramos artigos ocidentais de empresas ocidentais que têm fábricas na China para se aproveitarem do facto de aquele país ser uma ditadura (é que assim beneficiam de pagarem salários baixos e de terem uma população trabalhadora totalmente domada).
Estarei a ser injusto para o ocidente, Isabel?
Um abraço!

IC disse...

Rui, eu pensava que não me apeteceria escrever até, pelo menos, o próximo fim de semana, mas afinal escreverei. Não sobre a China propriamente, mas porque a leitura do livro, feita apenas com o objectivo de conhecer mais em profundidade, ou em extensão e ao pormenor, o seu actual papel preponderante no seio do nosso mumdo capitalista e do processo em curso na globalização através de um neo-liberalismo desenfreado, a leitura do livro, dizia, provocou-me inesperadamente uma associação de "pormenor" relativa ao entendimento de que a nossa ministra não poderia cumprir à velocidade acelerada que requeria o papel que lhe foi atribuído como contributo para a diminuição do nosso défice sem uma atitude prepotente, temporária e circunstancialmente de ditadura, perante o silêncio sobre isso em nome da necessidade daquela diminuição - meios que se estão a aceitar como justificadores de fins, abrindo-se mão de princípios democráticos, num precedente aflitivamente perigoso para a democracia. Escreverei, afinal, provavelmente logo à noite.