Nos cinco dias de férias que programei, coisas prosaicas - como o frio com a chuva lá fora que só ontem se foi e alguns afazeres não escolares (nos escolares cumpri a "greve") - foram pouco propícias ao encontro daquele silêncio onde ouço em sussurro os segredos da vida. Hoje descobri que estava aí, em reposição, o fabuloso Leopardo, de Visconti, e acabo de chegar a casa ainda possuída por tudo o que o filme me traz à mente. Mas, neste dia que começa antes de ir para as horas de sono, não é só por ter ainda comigo apenas um filme que percebo que preciso de mais uns dias (apesar de, ao acordar, me ir pôr a ver testes) com espaço para esse silêncio que me permite pensar, sem palavras, o universo, que me ajuda a olhar, sem linha de horizonte a confinar a visão ao presente e ao quotidiano, o mundo humano e a História, que me faz sentir, sentindo apenas, o sentido das memórias de ontem e das que são de hoje, de cada momento em que se param as azáfamas para dar lugar ao que na vida e no próprio quotidiano emociona ou encanta sem medidas de tempo ou de distância.
1 comentário:
Fiquei com a sensação que foi um fim de semana... e estes dias todos não me serviram pra nada a não ser descansar e laurear a pevide! Programei tanto e fiz tão pouco...
Um abraço
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