sábado, fevereiro 25, 2006

Se, ao crescer, guardássemos a criança dentro de nós...

Para as crianças as quadras festivas não são carnavais, farsas, hipocrisias ou outras coisas que tais. Nesta que decorre, para a minha Inês foram personagens dos contos a brincarem "ao vivo" na escola, na festinha de carnaval.
No Natal, a Inês encantava-se com as novas luzinhas e bolas coloridas que iam dia a dia enfeitando mais o pequeno centro comercial ao lado de sua casa. Pediu que eu não desmontasse a grande árvore de Natal enquanto, já em Janeiro, com a perna engessada, esteve sem vir cá; e a pequenina, que se ilumina com todas as cores do arco iris aqui na minha sala de trabalho, onde gosta de brincar (e usa o meu pc) quando está cá, vai ficar o ano todo a seu pedido.

A minha princesa queria ir ontem vestida de princesa para a festa no seu Casulo (a sua escolinha do pré-escolar e, agora, do 1º Ciclo). No monte de máscaras eu não descobrira nenhuma princesa, mas no dia seguinte foi a mãe procurá-la com ela, e achou-a. (Eu ainda pensei que não era de muito bom gosto o vestido da princesa, mas esta achou-o lindo - que mania dos adultos de terem gostos diferentes das crianças!!)
E a Inês estava tão feliz quando foi para a escola!...
(Até dei à foto um toque difuso, em jeito de transição do real para esse imaginário das crianças - algo importante que o real nos tira quando temos que ficar adultos).

(Foto privada)

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Adenda: "Quando eu for grande..."





























Quando eu for grande quero ser
Um bichinho pequenino
P'ra me poder aquecer
Na mão de qualquer menino

Quando eu for grande quero ser
Mais pequeno que uma noz
P'ra tudo o que eu sou caber
Na mão de qualquer de vós

Quando eu for grande quero ser
Uma laje de granito
Tudo em mim se pode erguer
Quando me pisam não grito

Quando eu for grande quero ser
Uma pedra do asfalto
O que lá estou a fazer
Só se nota quando falto

Quando eu for grande quero ser
Ponte de uma a outra margem
Para unir sem escolher
E servir só de passagem

Quando eu for grande quero ser
Como o rio dessa ponte
Nunca parar de correr
Sem nunca esquecer a fonte

Quando eu for grande quero ser
Um bichinho pequenino
Quando eu for grande quero ser
Mais pequeno que uma noz

Quando eu for grande quero ser
Uma laje de granito
Quando eu for grande quero ser
Uma pedra do asfalto

Quando eu for grande...
Quando eu for grande...

Quando eu for grande quero ter
O tamanho que não tenho
P'ra nunca deixar de ser
Do meu exacto tamanho

(José Mário Branco, letra de Manuela de Freitas)

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Adenda 2: Descobri mais um cantinho, graças à Teresa - A(zul)Mar

3 comentários:

Anónimo disse...

Como do que é tão simples se faz algo genial e tão significativo!

Teresa Martinho Marques disse...

Isabel, ainda bem que descobriste a "minha" Elis... Fica certa de que é tal e qual a lebre grande: ama sempre mais por todos nós... O seu cantinho é exactamente o que ela é...
Quanto ao teu Carnaval... continua a aproveitá-lo com toda essa doçura que partilhaste connosco.
(Eu cá estou a fazer o meu esforço e até tenho conseguido!)

Anónimo disse...

Linda que ficou a Isabel.Pelo menos é ao gosto dela e já poderá dar largas à sua fantasia.Bom inicio de semana. Bom carnaval.