Bom fim de semana!
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Pela necessidade com que ando de ter fins de semana em que a mente relaxe com "aragens leves e frescas" e coisas simples, teria feito a pausa na escrita depois do penúltimo post se não tivesse visto o desafio divertido sobre manias. Entretanto, penso tentar dar o meu ínfimo contributo para a discussão, após a pausa do fim de semana, trazendo da caixa de comentários para primeiro plano excertos do que já nela foi escrito, se for capaz de uma certa síntese - nisso pensarei na altura.
O que quero para já salientar é que não escrevi como quem pensou prolongadamente e chegou a alguma conclusão, mas sim como o começo (sublinho COMEÇO) de que tenho andado a sentir necessidade pessoal para, a partir de uma ponta, tentar prosseguir devagarinho algum fio desbaralhado e coerente.
Eliminar ou evitar confusões não clarifica, por si, o caminho. A função do professor e a função da escola no tempo actual constituem, no seu conjunto, uma questão bastante complexa, que requer estudo e contributo de muitos saberes, mas uma questão complexa é uma coisa, confusões prévias sobre ela são outra. Além de que não é uma questão resolúvel isoladamente de outras, as políticas governamentais (e também a participação de todos os elementos intervenientes na sociedade) não podem ser vistas como que atribuídas a pelouros a que coubesse, a cada um deles, tricotar o seu quadrado de lã para uma manta de retalhos e depois pretender-se cosê-los a dar o aspecto de uma política global.
E, acrescente-se, as confusões podem ser o meio conveniente para os governos (e não só) quando estes não têm a vontade política necessária, ou não são capazes de resolver as questões prioritárias, ou simplesmente não podem (até incluo esta hipótese benevolente, o que não admito é que deitem poeira para os olhos do país ou queiram fazer da escola o bode expiatório dos males daquele).
Em suma, no post de 5ª feira, eu comecei a escrever apenas na necessidade pessoal de proteger a minha mente de confusões. A minha neta, por vezes, ao brincar na minha salinha de trabalho, ocasiona que eu tenha que fazer o percurso desta para a cozinha com cuidado para não tropeçar nas suas construções de brincar, para não me desequilibrar ao saltar por cima delas ou para não as deitar ao chão. Mas isso é ocasional, o normal é ir sem me deparar com e precaver de "confusões" no caminho, porque o que tenho a fazer não é atingir a cozinha, é sim preparar nela um jantar para os netos (quando se trata deles) saudável, de que gostem e não fique estorricado. E trata-se só desse pormenor do jantar, não se trata de cuidar da saúde e bem estar dos portugueses TODOS nem de diligenciar para que o futuro das nossas crianças e jovens não fique estorricado.
7 comentários:
Mas é nesse gesto "local" e nessa preocupação, também "local" que o global melhora. (O meu Pai costumava dizer, na altura a propósito do Ambiente: pensar globalmente, agir localmente)
Se cada um tratar bem do que lhe compete... o resto acontece. É claro que convinha ter um Governozito que percebesse essa elementar lei. Claro que se o ME nos impedir de fazer o nosso real trabalho como deve ser, com os nossos alunos (distraindo-nos e ocupando-nos com o que não nos compete) o global é afectado. O Futuro também, é claro. Se calhar precisamos de provar que isto é verdade... e como vamos fazê-lo? Já imaginaram o que era cada professor fazer uma espécie de diário/carta (como a emn fez ao seu CE) provando que, realmente, é imposssível? Combate inteligente. Mas com tanto colega que baixa os braços e me diz: já nem consigo pensar nem fazer nada... estamos bem arranjados, estamos... Dá ideia que só uma "meia dúzia" é que tem consciência de que é impossível manter este modelo sem comprometer a essência da vocação da Escola. E essa meia dúzia anda por aqui pela blogosfera a tentar encontrar maneira inteligente de lutar contra isto. Pregamos aos já convertidos? Devíamos levar a blogosfera para as nossas escolas? Qualquer dia começo a imprimir posts e comentários e a distribuí-los como folhetos clandestinos para agitar as almas...
bom fim de semana para ti...o meu tb será de muito trabalho, mas daquele que medá prazer: filhos, mulher, mãe, cães, churrasco, forno a lenha...hummm e á noite vou tirar tempo para resolver o desafio do Miguel Pinto senão sou excumponhgado do grupo dos bloggers
Discutir a Escola e a sua acção é sem dúvida difícil (já comentei o teu comentário lá no meu canto, Isabel, obrigada).
É um facto que a nossa acção é sobretudo local, mas também é um facto que para agir localmente, para agirmos com significado para nós próprios, temos de pensar globalmente - colocando questões, levantando problemas, procurando soluções... Não só para dentro da nossa sala de aula mas a um nível mais geral. Não temos tantas vezes de nos afastar um pouco para conseguir ver melhor?...
Os professores não podem sozinhos mudar o mundo (embora às vezes eu própria quase queira imputar-nos essa responsabilidade...?), mas o que for feito de realmente importante com cada um dos alunos vai reflectir-se, ao longo da vida desse aluno, nas suas relações pessoais e profissionais com um grande conjunto de pessoas...
Demasiado filosófico?... talvez não.
BOm Fim de semana, Isabel.
Esta conversa vai muito interessante.
Para não prolongar excesso os comentários aqui, continuarei a minha reflexão lá no meu canto.
Até Segunda Feira ;)
Retempero de forças para novo alento. Bom fim de semana.Bjs
Faltou-me dizer: Bom fim de semana e enviar beijinhos.
Três dias longe daqui e é isto: trabalho redobrado porque a conversa é interessante.
Retive uma ideia que não será despicienda: há um risco dos irreverentes [refiro-me aos bloggers, claro] funcionarem em circuito fechado numa espécie de masturbação [estou corado pelo exagero] colectiva. Não é fácil contaminar o professorado… não é impossível…
Boa semana de trabalho.
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