Quando se anda a ter que eliminar temas sobre política educativa, escola ou professores das conversas com os maiores amigos não professores (ou professores do ensino não "inferior"), os fios emaranham-se ainda mais e a cabeça fica a doer.
Que nos anda a acontecer? Para os amigos somos, claro, excepções, mas afinal porquê? Porque nos conhecem, mas não conhecem as escolas? Porque, sobre elas, sabem algumas verdades que nós também sabemos, mas conhecem só essas? Porque...?
De uma coisa tenho a certeza: se quiser ajudar um aluno incompetente a tornar-se um aluno competente, não o conseguirei se começar por lhe chamar incompetente. (Julgo que "aluno" é só um exemplo do que quero dizer, ou estarei enganada no que quero dizer para além dos alunos?).
Neste momento a quente sobre o que me levou a escrever as duas primeiras linhas (a quente, mas já tem havido outros em que um diálogo toca o agreste jamais antes possível) quero entrar em fim de semana, não quero durante ele pensar nem 99 vezes nem uma só nos referidos temas, não para mergulhar no silêncio em que a verdade é revelada pois não sou Einstein, mas para ir fazer apenas umas futilidades, depois um programa com os netos no domingo, e... reler também um dos poemas (em poema ou em prosa) de Vinícius sobre a amizade... ou talvez só algumas linhas... talvez daquele que está ali... e não só reler algumas dessas linhas, pensar também que Amigo...
...Tem que gostar de poesia, de madrugada, de pássaro, de sol, da lua, do canto dos ventos e das canções da brisa. (...) Não é preciso que seja de primeira mão (...) Não é preciso que seja puro, nem que seja de todo impuro, mas não deve ser vulgar. Deve ter um ideal e medo de perdê-lo e, no caso de assim não ser, deve sentir o grande vácuo que isso deixa. (...) Que saiba conversar de coisas simples, de orvalhos, de grande chuvas e das recordações de infância (...) contar o que se viu de belo e triste durante o dia, dos anseios e das realizações, dos sonhos e da realidade. (...) (Vinícius de Moraes)
Entretanto, bom fim de semana aos amigos daqui... (leia-se da blogosfera).
10 comentários:
Bom fim de semana, IC.
Este ano tem sido negro. Nem a «ponta da meada» encontro para poder sequer seguir um qualquer rumo... Mas constato, com alguma (egoísta) felicidade que não sou a única.
Bom descanso. E até breve ;)
Estou sem energia... Têm sido uns dias loucos estes, a aplicar toda a minha "incompetência" aos alunos. Dá imenso trabalho...
Encontro forças para te vir desejar um excelente fim de semana e enviar beijinhos. A ponta da meada anda por aí. Sei que anda...
...Um bom fim-de-semana e um beijinho.
Como eu te compreendo. Às vezes a gente sabe que falar dessas coisas aborrece quem não as sente, por não serem dessas realidades.
Então, bom fim de semana, e tenta ficar longe disso.
:) O professorado está a precisar de termas... A velha expressão dos alunos está prestes a ser adoptado pelos profes... que fixe, vem aí um feriado! Bom fim-de-semana. ;)
…adoptada … eu não digo que é inevitável uma ida às termas.
A verdade é que eu não acredito sequer que seja uma excepção para os amigos. Eles dizem-me isso apenas por consideração para comigo, ou para eu não me sentir magoado, estou mesmo convencido.
Isabel, pus um pequeno texto do Agostinho da Silva n'os indocentes, que senti como uma pequena bússula para estes tempos que nós, os professores, atravessamos.
Por outro lado, também ando à procura dos porquês disto tudo. O que tenho vindo a pensar não tem sido bom...
Um óptimo fim de semana!
Nas escolas só interessa divulgar o que está mal, porque faz parte da campanha de quem as quer deteriorar. O que está bem, e é muito, não interessa porque senão teriam que escrever rios de páginas. Passa um bom fim de semana.Bjs
Em "fim de semana prolongado", só agora aqui venho agradecer a todos a visita e as palavras.
Abraço a todos
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