Acabo de ler esta notícia do Público e lá estou eu a não resistir a dar um saltinho a este canto, apesar de ele estar mesmo em interrupção de postagem.
Que escola é esta que se demite de aplicar uma sanção ao alcance dos seus próprios poderes internos e autónomos, a alunos seus que, provavelmente com idades entre 13 e 15 anos, cometem um acto de facto ilegal e punível, decerto influenciados pelo protesto dos alunos do secundário, preferindo apresentar queixa ao Ministério Público?
Não ponho em causa uma punição, mas das punições espera-se que tenham um efeito formativo, neste caso precisando talvez qualquer sanção de ser acompanhada de um esclarecimento sobre a ilegalidade de algumas acções mesmo que levadas a cabo com o intuito de luta ou protesto. Os alunos do secundário que ontem fizeram "greve" não estavam protegidos por nenhum mecanismo que lhes conferisse legalidade, por isso terão tido faltas injustificadas.
Os garotos do 3º Ciclo da escola em questão, que se quiseram juntar ao protesto excedendo-se pelo encerramento da escola a cadeado, são ainda crianças, e eu penso tristemente com os meus botões: a queixa ao Ministério Público não parece ter o intuito de punir para educar/formar, mais parece uma vingança de adultos contra crianças.
P.S.:
Escrevi de corrida, deve estar um texto 'mal amanhado', mas estou atrasada para me ir juntar ao cordão humano a caminho do ME - enfim... os impulsos de momento a que não resisto, mesmo com pressa.
6 comentários:
Há qualquer coisa que me anda a escapar nesta sociedade...
Valores, atitudes, exercício de competências, "coluna vertebral", bom senso, procuram-se!
Onde e quando se perderam?
Estariam apenas à espera que a "ditadura começasse a ressurgir", para que "estalasse o verniz", para que se mostrasse que uma série de "coisas" inerentes a uma cultura democrática, que nesta altura já deveria ser endógena, não era mais do que exógena?
Às vezes fico espantada com atitudes de gente cujo papel deveria ser a educação!!!
Será velhice?!
PS: Pois é, Isabel, lá andámos outra vez pelos mesmos caminhos!!!
Muito tem "ela" contribuído para o nosso "cumbibio" e para a nossa manutenção física!!! Deve ser este o contrôle de obesidade que ela andava a estudar para implementar nas escolas!!!
De véspera, para uma acção convocada por mensagem de telemóvel (!!!) foi emitida esta circular: http://ensinarnaescola.blogspot.com/2006/11/drel-oficio-circular-n-79-de-15112006.html
Interessante, não é?
Como é que, por coincidência (como diz o outro), legislaram de véspera?
Será que a acusação que o ME e as Assoc de Pais e EEs nos fizeram, não serão mais do que ...
f...
Perguntas se será velhice nossa. Em termos cronológicos, até será, pois as mudanças actualmente sucedem-se rapidamente, pelo que numa vida assistimos a muitas e as mudanças são um andar para a frente, para trás, e assim sucessivamente. Mas em termos de espírito, não - acho que velhos são os que perdem valores como quem perde cabelo com a idade e lhes estala o verniz como quem já não tem cosmética que lhes valha para tapar o que está de facto por baixo de mera aparência. ;)
Quanto ao ofício-circular, eu tinha-o visto quando li a notícia do Público que referi, mas não tinha reparado na data de 15. Até me custa a acreditar, ainda dou o benefício da dúvida pensando que já se teriam verificado, antes de 16, acções de encerramento de escolas a cadeado. Será?...
P.S.:
Eu só apanhei o cordão humano no Saldanha, espero ter desculpa porque ando com peso a menos, tenho que controlar o oposto à obesidade :)
De facto, há comportamentos que não se percebem em pleno século XXI num país democrático!!!
Vão-se habituando, porque fechar escolas a cadeado e cortar estradas já deu o que tinha a dar. Todas as pessoas têm o direito à manifestação, desde que essa manifestação não interfira com a vida de terceiros.
No caso da escola, quem a fechou a cadeado, impediu que outros dessem e tivessem aulas. Tal coisa é inadmissível. Estas consequencias deviam ser explicadas aos alunos. Se apesar das explicações, os alunos teimarem em fechar a escola, o caso terá de ser entregue às autoridades.
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