Giovanni F. Caroto, Youth Holding a Drawing
domingo, outubro 30, 2005
Adenda...
(Não as vou contar por considerar que sejam significativas no conjunto das provas nacionais, mas porque uma me doeu pela menina de que se trata, e a outra fez-me pensar que teria sido educativo para a aluna que o resultado não se limitasse a ser um 3 em vez do 4 de frequência, mas que fosse uma negativa mesmo. E a 1ª história já a tinha contado ao Rui no (In)Docentes , a propósito de critérios discutíveis de alguns items, só que ainda não tinha analisado o resto da prova).
1ª história
A S. era uma aluna com algumas dificuldades, no 8º ano dei-lhe sempre nível 2. Mas era uma menina com uma baixa auto-imagem quanto às suas capacidades, pelo que dizia que em Matemática nem valia a pena tentar melhorar, que era a disciplina mais difícil. Preocupei-me em tirar-lhe essa ideia, encorajei-a e, depois de ter conseguido resultado positivo no penúltimo teste do 9º ano, foi feliz no teste global (não os dispensei dele, ainda que estivessem dispensados da formal prova global), embora com uma positiva baixinha. Não hesitei em atribuir-lhe nível 3 final, apesar de pensar que não se aguentaria num exame que, previsivelmente (e correctamente) incidiria bastante em competências mais gerais que a S. ainda não tinha. Mas ela até não ia precisar mais de estudar Matemática, o que ia precisar, sim, era de mais autoconfiança.
Ao ver a classificação zero num item em que o critério fora criticado pelos correctores, fiquei triste, porque bastava terem atendido ao que os correctores consideravam para que a S. não se visse na pauta da sua turma com aquele marcante nível 1, ali único, isolado. Certo que não teria nível positivo, mas face aos resultados gerais nacionais, não era isso que faria que voltasse a sentir-se inferiorizada. Mas hoje, ao completar a análise, apeteceu-me ir ver na escola se ainda lá existiria o contacto dela (não o farei, é um assunto complicado). Porque o corrector da sua prova cometeu um erro, desrespeitando claramente os critérios do respectivo item, a que atribuiu zero em vez do sete devido, o que tiraria sobejamente aquele 1 à menina.
(Que esta história não sirva para acusar correctores, um erro acontece e alguns critérios requeriam muita atenção. No meu blog também entram sentimentos e afectos que desabafo, histórias pessoais ou humanas que têm significado para mim (neste caso para uma menina também), mas não têm significado no tema "resultados dos exames, critérios e causas")
2ª história
A C. era uma aluna dotada mas com uma enorme preguiça. Só por esta preguiça é que chegou a oscilar comigo entre o 3 e o 4, mas depois de mais do que uma vez termos conversado, lá se empenhou e fixou-se no 4 (com uns cincos nalgumas disciplinas). Não apareceu nas aulas que mantivemos na escola após o fim oficial do ano lectivo para o 9º ano. Depois do exame, percebi logo que não lhe tinha ligado nadinha. Agora, ao ver a prova dela, verifico que foi um exemplo exagerado relativamente ao menor esforço que muitos alunos fizeram por o resultado "não contar". A C. só teve nível positivo na prova porque respondeu correctamente aos items que apenas requeriam raciocínio, mas não se deu ao trabalho de responder a nenhum dos que requeriam cálculos escritos. Até a inequação deixou em branco (o que suponho que mais nenhum aluno meu fez, e vi provas de alguns que eram alunos daquele 3 não médio e seguro). Em suma, esta história só para imaginar que a mãe e encarregada de educação lhe aplicaria um valente sermão educativo se a soubesse. (Mas não deixo de me lembrar de alunos até bastante necessitados das aulas suplementares que demos, cujos pais não os obrigaram sequer a aproveitá-las - a C. até nem precisava nada dessas aulas). (E não se interprete que acredito que esta atitude tão excessiva da C. tenha sido frequente)
Uff!!
A.L., amiga e colega de tantos anos, aqui te deixo o desejo de que esta análise de provas das nossas turmas do 9º que ambas fizemos agora não te tenha reavivado mais ainda a tua memória recente. Sou mãe, é impossível duvidar que não possa haver drama maior que ele estar ali contigo ainda na véspera e deixar de estar de repente... e tão difícil compreender porquê! E àquelas duas turmas de 9º que recebeste sem as conhecer, uma a chegar-te tão perdida em Matemática, estoicamente não as deixaste, deste-lhes aulas suplementares a compensar aquelas a que seria humanamente impossível não teres faltado. Eu sei que adoras estar com os alunos, que eles ainda estão a ser neste momento o teu refúgio, não podia deixar de colocar aqui - mesmo que não dês por isso - a minha homenagem à tua força.
sexta-feira, outubro 28, 2005
Interrupção por uns dias
quarta-feira, outubro 26, 2005
Infiltrados??
Ganhei o dia
terça-feira, outubro 25, 2005
domingo, outubro 23, 2005
domingo com jogos
"Será que nasceste nos anos 60 ou 70 ?
Como conseguiste sobreviver?
Os carros não tinham cinto de segurança, nem apoio de cabeça nem seguramente airbags.
No banco de trás era a festa, era divertido e não era perigoso.
As barras das camas e os brinquedos eram multicolores ou pelo menos envernizadas e com tintas contendo chumbo ou outros produtos tóxicos.
Não havia protecção infantil nas tomadas eléctricas, portas das viaturas, medicamentos e outros produtos químicos de limpeza.
Podia-se andar de bicicleta sem capacete.
Bebia-se água da mangueira de rega, num chafariz ou não importa qualquer outro sítio, sem que fosse água mineral saída de uma garrafa estéril.
Fazíamos carros com caixas de sabão e aqueles que tinham a sorte de ter uma rua asfaltada inclinada junto de casa podiam tentar bater records de velocidade e aperceberem-se, tarde demais, que os travões tinham sido esquecidos... Após alguns acidentes, o problema era normalmente resolvido!
Tínhamos o direito a brincar na rua com uma única condição: estar de volta antes de anoitecer. E não havia telemóvel e ninguém sabia onde estávamos nem o que fazíamos... Incrível!
A escola fechava ao meio-dia para almoço, podíamos ir comer a casa.
Arranjávamos feridas, fracturas e às vezes até partíamos os dentes, mas ninguém era levado a tribunal por isso. Mesmo quando havia grande bagunça, ninguém era culpado excepto nós mesmos.
Podíamos engolir toneladas de doces, torradas com toneladas de manteiga e beber bebidas com Açúcar de verdade, mas ninguém tinha excesso de peso, porque nos fartávamos de correr na rua.
Podíamos partilhar uma limonada com a mesma garrafa sem receio de contágio.
Não tínhamos Playstation, Nintendo 64, X-Box, jogos vídeo, 99 programas de TV por cabo ou satélite , nem vídeo, nem Dolby surround , nem GSM , nem computador , nem chat na internet , mas nós tínhamos.... amigos !
Podíamos sair, a pé ou de bicicleta para ir a casa de um colega, mesmo se ele morasse a alguns km , bater à porta ou simplesmente entrar em casa dele e sair para brincarmos juntos. Na rua, sim na rua no mundo cruel! Sem vigilância! Como é que isso era possível?
Jogávamos futebol só com uma baliza e se um de nós não era seleccionado uma vez, não havia traumas psicológicos, nem era o fim do mundo!
Por vezes um aluno talvez um pouco menos bom que os outros tinha que repetir. Ninguém era enviado ao psicólogo ou ao pedopsiquiatra. Ninguém era disléxico, hiperactivo nem tinha " problemas de concentração". O ano era repetido e pronto, cada um tinha as mesmas oportunidades que os outros.
Nós tínhamos liberdades, erros, sucessos, deveres e tarefas ... e aprendíamos a viver e a conviver com tudo isso.
A pergunta é então: mas como conseguimos sobreviver ? Como pudemos desenvolver a nossa personalidade ?
Será que tu também és desta geração?
Se sim, envia esta descrição aos teus contemporâneos, mas também aos teus filhos sobrinhos e sobrinhas, etc. para que eles vejam como era, naquele tempo!
Eles vão achar que a nossa época era aborrecida .... ah, mas como éramos felizes !"
sexta-feira, outubro 21, 2005
Mais um escape
Já folheei as provas de exames de alguns dos meus alunos do ano passado e, a seguir, meti provas, grelhas e outra papelada num envelope e guardei-o fora da minha sala de trabalho, para não ter tentações, pois quero fim de semana!!
quarta-feira, outubro 19, 2005
Afinal...
terça-feira, outubro 18, 2005
Preparando-me para novidades em Matemática
Estão a decorrer reuniões parcelares, cobrindo os professores de Matemática que leccionam 3º Ciclo. Porque ainda não tenho uma informação completa e precisa, esta fica para amanhã, mas a que me chegou leva-me a preparar-me/prevenir-me para a eventualidade de mais uma medida que forneça o referido estudo de forma cómoda e gratuita para o GAVE (Gabinete de Avaliação Educacional do Ministério da Educação).
segunda-feira, outubro 17, 2005
...
No escuro da noite o sol aguarda a sua vez. Mésseder | William Glen Crooks, As the Sun Rises |
ADENDA
Não imaginava que isto de ter um blog viesse a ser benéfico ao meu estado de espírito. Pensamentos e reacções que saiem de momento vão não só encadeando-se, vão também repensando-se, num pensar escrevinhando. E a verdade é que poetas de poemas que não saberia escrever ou pensar, e mestres da pintura que não saberia pintar, me vão permitindo também uma espécie de fala metafórica apenas de mim para mim, libertadora de estados de espírito menos positivos que inevitavelmente me causam as situações dentro das quais vivo constantemente como profissional, e também como cidadã num país e num mundo. Cada um só tem um momento de vida para viver, por isso é natural que se viva muitas vezes o presente como se fosse tudo - passado, futuro, até História -, e que o que nos afecta tenda a tornar-se o centro, reduzindo-nos a capacidade de reparar nas flores, no olhar das crianças, nas coisas bonitas que serenam, bem como nos processos dialécticos por que passa o evoluir, enfim, nesta coisa toda que é a vida, cada geração com muita gente a ter sonhos mesmo que sejam só para que o mundo pule e avance para os netos e bisnetos.
domingo, outubro 16, 2005
Preparar só para a sociedade/mundo vigente?
(Alguém - já não consigo precisar quem - contava que, pensando em debates com alunos sobre valores, uma aluna dissera que pertencia a uma juventude sem valores. Eu vivi acompanhada por uma geração - ou várias seguidas - norteada por valores; hoje, entre muitos jovens que ainda vemos/ouvimos defendendo valores de sempre, já me aconteceu ouvir directamente a um ou outro (crescido, estudos já cumpridos) respostas que se podem resumir assim: Quais valores? Com os vossos (vossos, leia-se os dos velhotes) não me safo; mas isto tudo já aconteceu numa só vida em que ainda posso esperar ter tempo para observar uma terceira, nova fase).
Era o ano lectivo de 72/73 - o meu 3º ano de ensino no então chamado Ciclo Preparatório - numa escola de Lisboa (Leccionara antes um ano, mas no ensino nocturno, a adultos, numa escola do Barreiro). "Novas correntes pedagógicas" chegavam do exterior - a censura não via motivos para se preocupar com assuntos de mera pedagogia. Eu ainda não tinha ligações políticas, funcionava "inocentemente" de forma natural e intuitiva, apenas, na escola, tinha afinidades "profissionais" com duas colegas que, embora suspeitasse, só de facto soube no 25 de Abril que tinham contactos clandestinos.
Suponho que bastantes professores, com suporte nas (ou a pretexto das) novas correntes pedagógicas, proporcionaram aos seus alunos vivências democráticas na sala de aula, à revelia de uma sociedade interna não democrática. Eu, embora considerando já a metodologia do trabalho em grupo especialmente adequada à aprendizagem da Matemática, também não me limitava ao objectivo dessa aprendizagem. As alunas participavam na análise do funcionamento das aulas, havia assembleias de aula (não me lembro se já lhes chamava assim), e também assembleias de turma no âmbito da direcção de turma. Mas os temas não excediam as questões escolares (só de vez em quando elas abordavam o autoritarismo do ensino noutras aulas), pelo que não chegava a ser uma professora suspeita - soube no 25 de Abril que a directora tinha o cuidado de se certificar disso indo de vez em quando escutar à porta da minha sala de aula, situada no fundo de um corredor.
No entanto, um dia, depois de eu ter promovido, a pedido das alunas da minha direcção de turma, uma reunião com todas as professoras da turma (reunião que estas não tiveram argumentos para recusar mas prepararam de modo a inibir as alunas de colocarem as questões que queriam), a directora quis falar comigo, e a pergunta que me ficou na memória foi: Não acha que não está a preparar as suas alunas para a sociedade em que vivem? Respondi apenas que não, que não achava, e a conversa ficou por aí.
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Nada É Impossível De Mudar
Desconfiai do mais trivial , na aparência singelo.
E examinai, sobretudo, o que parece habitual.
Suplicamos expressamente:
não aceiteis o que é de hábito como coisa natural,
pois em tempo de desordem sangrenta,
de confusão organizada, de arbitrariedade consciente,
de humanidade desumanizada,
nada deve parecer natural, nada deve parecer impossível de mudar.
Bertold Brecht
sexta-feira, outubro 14, 2005
Aulas
Uma das minhas duas turmas de 9º não tinha sequer que a percorrer - tenho-a desde o 7º, eles estão há que tempos integrados no método de funcionamento da aula. Alguns "trabalhos" que me dão decorrem de que são adolescentes - mas há melhor do que isso, a não ser ser-se criança?
Quanto à minha outra turma de 9º, é aquela que já designei aqui por "a minha turma difícil", dizendo então: "Uma das turmas de 9º que vou ter, e que já tive no 8º, já me anda na cabeça antes de começarmos. A pergunta "como vou fazer?" segue-se à pergunta que me fazia no 3º Período do ano anterior, "posso fazer alguma coisa?". No ano passado, até não chegava a ter 20 alunos, e agora lá teve que recomeçar a etapa devido a um número considerável de novos alunos - etapa de eliminação de hábitos estranhos de comportamento em certas aulas (estranhos dado que já as frequentaram durante vários anos, mas o conceito de permissividade anda muito variado), etapa de "contratos" de não desestabilização, etapa de passagem de um alheamento inicial (de que a Matemática é alvo privilegiado nos alunos repetentes) para uma integração facilitada pela dinâmica de grupo e pelos reajustamentos na composição dos grupos que a turma foi encarregada de propor (ao que os alunos mostram sempre corresponder com sabedoria). Além disto, tenho este ano a "minha turma difícil" também em Estudo Acompanhado, o que me proporciona uma relação professor - alunos mais abrangente e uma acção mais cativante para eles. (Ao menos, que valha para alguma coisa passar a dar esta aula para completar o meu horário lectivo devido à retirada do direito a redução por cargo pedagógico). E, a verdade (que prova que o pessimismo é sempre um erro) é que até vou começar a próxima aula com a afixação no quadro de um A4 com letras gordas intitulado Avaliação, para dizer uma coisa que a turma em geral está a merecer: que está a revelar progressos em relação ao desgraçado ano anterior (sem o "desgraçado", claro).
Finalmente, a minha nova turma, um 8º ano, igualmente com um número considerável de alunos repetentes pouco fáceis, também está com a etapa percorrida no essencial - com essa só hoje consegui que começassem a funcionar em termos propriamente de trabalho em Matemática, por isso é que foi hoje que me saiu o uff!! do início deste post (e o próprio post).
Claro, continuo (e é previsível que continuarei todo o ano) a ter alguns alunos (o alguns "arredondado" por defeito) a que tenho que estar sempre tão atenta como à minha neta quando se aproxima o atravessar de uma rua, senão seria mais que certo que atravessariam aulas em completa distracção, mas isso já faz parte do cuidar de rotina, que sem cuidar destes e daqueles a profissão ficava assim como aquela pessoa que eu seria se não agarrase a mão da minha neta antes de chegarmos à berma do passeio.
Para além (ou aquém) de ideologias
Pior que ideários em que valores de justiça e equidade social não são os mais prioritários, e que finalidades distorcidas, ou objectivos hipócritas, ou estratégias erradas/ineficazes, pior que isso ainda é, para mim, a incompetência técnica, a ignorância e a proa desta - a arbitrariedade -, isto a qualquer nível de governação: do país, de um sector, de uma autarquia, de uma empresa, de uma escola, ou até de um chefe de família. E, quaisquer medidas globais podem ser controversas, mas pior que tudo é se incluem medidas específicas avulsas, completamente desnecessárias no âmbito dos objectivos das medidas globais, inúteis e até prejudiciais, e bloqueadoras de outras possíveis de serem válidas, mesmo que no quadro discutível de uma prioridade economicista.
Acrescento, a propósito, os seguintes extractos:
quarta-feira, outubro 12, 2005
E agora...
Foi há muitos anos, ainda pela década de 70, mas a frase ficou-me gravada na memória.
A História anda a passo de caracol...
(No meu mail tive hoje a informação detalhada de mais uma escandalosa-choruda reforma aos 50 anos, razão porque vim ao meu blog com mais uma irritaçãozinha)
sexta-feira, outubro 07, 2005
...
tinha uma pedra no meio do caminho
tinha uma pedra
no meio do caminho tinha uma pedra.
Nunca me esquecerei desse acontecimento
na vida de minhas retinas tão fatigadas.
Nunca me esquecerei que no meio do caminho
tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
no meio do caminho tinha uma pedra.
Carlos Drummond de Andrade
Reflexos da passagem de uma ministra pelo ME
São estes os receios que deixei dito ao Miguel que expressaria.
Philippe Perrenoud (2002). Aprender a negociar a mudança em educação.
E transcrevo também este extracto do comentário que aqui deixou:
"Na contracapa diz o seguinte: […] uma reforma conduzida sem ou contra os actores não só falha como deixa feridas e contribui para o desenvolver de mecanismos de defesa contra toda a inovação. […]
quinta-feira, outubro 06, 2005
Maquilhagem ou bravata?
E como se vai poder saber (?) se, enquanto o consciente de Sócrates falava, via jornalistas, aos cidadãos eleitores, o seu subsconciente não murmuraria: - Até podia haver mais guerra, para eu mostrar como os abateria a todos com a minha prepot..., perdão, com a minha maioria absoluta! (Intervenção atempada do inconsciente a fazer certa palavra soar como nada democrática).
quarta-feira, outubro 05, 2005
Dia Mundial do Professor
World Teachers' Day was proclaimed to keep alive the recognition of the contribution of teachers to society. When drawing up their policies, governments all too often neglect teachers. Yet, without their full co-operation, there can be no sustained development, social cohesion or peace."
terça-feira, outubro 04, 2005
A que (des)propósito terei sorrido?
A Convenção assenta em quatro pilares fundamentais ...
Artigo 1
Nos termos da presente Convenção, criança é todo o ser humano menor de 18 anos, salvo se, nos termos da lei que lhe for aplicável, atingir a maioridade mais cedo.
Artigo 18
1. Os Estados Partes diligenciam de forma a assegurar o reconhecimento do princípio segundo o qual ambos os pais têm uma responsabilidade comum na educação e no desenvolvimento da criança. A responsabilidade de educar a criança e de assegurar o seu desenvolvimento cabe primacialmente aos pais e, sendo caso disso, aos representantes legais. O interesse superior da criança deve constituir a sua preocupação fundamental.
2. Para garantir e promover os direitos enunciados na presente Convenção, os Estados Partes asseguram uma assistência adequada aos pais (...)
Artigo 31
1. Os Estados Partes reconhecem à criança o direito ao repouso e aos tempos livres, o direito de participar em jogos e actividades recreativas próprias da sua idade e de participar livremente na vida cultural e artística.
segunda-feira, outubro 03, 2005
O dia de escape
domingo, outubro 02, 2005
Adenda: Mas foi só uma vez
Até porque, além de o assunto andar pouco sintonizado, o exercício do silêncio é tão importante quanto a prática da palavra (dizia William James).
sábado, outubro 01, 2005
Chegou a minha vez
Chegou a minha vez do "grito", só que não foi esse. Direi qual foi depois de descrever a gota de água que me encheu, e que é o facto de (além das 10 horas marcadas no meu horário como componente não lectiva) estar com um trabalho esgotante, nas aulas de duas das minhas turmas e em casa por causa delas (um 8º novo e um 9º que já fora a minha "dor de cabeça" no ano passado, descrita AQUI), trabalho que poderia ficar atenuado e com maior probabilidade de ter algum sucesso se não estivesse a minha escola subjugada às prioridades da Srª Ministra da Educação.
Mas... fica-se passivo???!!!"
E o meu grito foi o final de um documento que redigi ontem, dirigido ao CP da minha escola, em que descrevo a razão de ficarem inviabilizados dois projectos que tinha sugerido (duas ideias muito bem recebidas pelo CP, para a escola preparar actividades efectivamente de reforço educativo, a que qualquer professor substituto poderia conduzir as turmas). E ficaram inviabilizados devido a que necessitavam de tempo para que equipas de professores interessados (e havia) trabalhassem neles em termos de lhes dar conteúdo, planificar, e definir os materiais a executar - e esse tempo não há. Não há por razão óbvia: com 24 horas já preenchidas nos horários (fora as das reuniões) (a maior parte, da componente não lectiva, nas tais substituições para actividades avulsas com alunos), com as 35 horas ultrapassadas por aqueles que já as totalizavam ou excediam e que são aqueles (bastantes) que costumam mostrar-se mais disponíveis e entusiastas para estas "coisas", não sobra tempo (para montar tais projectos não basta meia dúzia de horas, pois tratava-se de recursos a criarmos na escola para toda a escola), nem alento (nem horas comuns necessárias).
E o tal final do documento (a que acima chamei o meu grito, caso - pouco provável - em que não venha a ser o grito da minha escola) é assim:
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Adenda