Bunn, Escape
Terminou o meu domingo.
Ao domingo as tarefas para a escola já estão terminadas (por norma, que todas as normas têm excepções), pois não tenho computador senão à noitinha (podia ter de manhã, mas essa é para dormir). Tenho-o disputado à vez, numa gestão de tempos nem sempre fácil, mas não sobra para mim (nem quereria que sobrasse). Também não tenho nem ministério da educação, nem governo, nem... país, pois não vejo telejornal - às 8 estou a dar o jantar às crianças, às 10 estou a regressar de as levar a casa, e não vou depois procurar outro, nem quero saber a que horas há (também por norma, com as ditas excepções, nalgum momento extraordinário).
Neste momento, apetece-me particularmente prolongar o escape do domingo. Sobre o que se passa nas escolas, até já tinha "decretado" pausa, quando comecei as aulas. Escrevi, então: "o momento presente é confuso e preocupante. Mas, nele, já houve o tempo para prever, conjecturar consequências, interrogar. Agora, opto por parar e esperar. Porque o tempo está nublado, não há visibilidade para vislumbrar o evoluir deste momento. Resta, portanto, aguardar. (E desejar que o que for trigo cresça e o que for joio vá para a lixeira)"
Não cumpri o meu decreto, mas agora acho que vou cumpri-lo. Até porque não tenho estado imune a tensões - ter amigos que não são professores (ou que são sindicalistas) torna este momento propício a uma ou outra discussão acesa, com divergências que excedem as habituais, estas naturais e estimulantes. Distancio-me sempre de ambientes de tensões interpessoais, mas de amigos não, e era só o que faltava permitir que a Srª Ministra da Educação ocupasse a minha cabeça a ponto de ter tensões (ainda que momentâneas) com dois dos meus maiores amigos!!!
E, ao meu domingo que terminou, sucede-se uma semana em que o tempo de escola é ocupado fundamentalmente com alunos - não são as minhas crianças do domingo, que fazem menos barulho que eles - claro, eles são muitos mais duma vez, que não tenho 25 netos ;), e já são adolescentes - mas é um barulho que é silêncio de política e políticos. Eu até não teria nada contra o barulho da política, em tudo presente, se não fosse feito por políticos (leia-se políticos como equivalente a interesses político-económicos, que não são propriamente os interesses da anónima humanidade, de que existe uma pequena parcela cá, e o resto todo pelo mundo).
Mas, como também o conteúdo inicialmente previsto para este blog não é oportuno por agora, pois a grande confusão do presente já me dificulta discernir, sobre memórias de prof de Mat (ou mesmo sobre pensamento que não preciso de ir buscar à memória), o que ainda é relevante, e o que já não é nem prioritário, nem sequer de alguma importância.
Assim... neste momento apetece-me, como disse no início, prolongar o escape, cumprir também o meu decreto de pausar para aguardar, mas fico sem saber o que faça no meu blog!!!
1 comentário:
Inicialmente, quando comecei o meu blog, previa ir escrever só sobre coisas relacionadas com o ensino... mas descobri no blogue, uma espécie de diário, uma forma de escape!
Escrevo o que me apetece e sobre o que me apetece... Obviamente que a maior parte é sobre o ensino mas optei por não teorizar muito, optei por ser sintética e clara assim como breve. Além de que acho que para me chatear já chega a escola!!
Sugiro que faças o mesmo!
Não nos deixes em stand-by só porque queres pausar... Pelo menos vai postando os teus quadros e os teus poemas...
Um abraço
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