sexta-feira, outubro 14, 2005

Aulas

Uff! A primeira etapa parece ter sido percorrida, no essencial!
Uma das minhas duas turmas de 9º não tinha sequer que a percorrer - tenho-a desde o 7º, eles estão há que tempos integrados no método de funcionamento da aula. Alguns "trabalhos" que me dão decorrem de que são adolescentes - mas há melhor do que isso, a não ser ser-se criança?
Quanto à minha outra turma de 9º, é aquela que já designei aqui por "a minha turma difícil", dizendo então: "Uma das turmas de 9º que vou ter, e que já tive no 8º, já me anda na cabeça antes de começarmos. A pergunta "como vou fazer?" segue-se à pergunta que me fazia no 3º Período do ano anterior, "posso fazer alguma coisa?". No ano passado, até não chegava a ter 20 alunos, e agora lá teve que recomeçar a etapa devido a um número considerável de novos alunos - etapa de eliminação de hábitos estranhos de comportamento em certas aulas (estranhos dado que já as frequentaram durante vários anos, mas o conceito de permissividade anda muito variado), etapa de "contratos" de não desestabilização, etapa de passagem de um alheamento inicial (de que a Matemática é alvo privilegiado nos alunos repetentes) para uma integração facilitada pela dinâmica de grupo e pelos reajustamentos na composição dos grupos que a turma foi encarregada de propor (ao que os alunos mostram sempre corresponder com sabedoria). Além disto, tenho este ano a "minha turma difícil" também em Estudo Acompanhado, o que me proporciona uma relação professor - alunos mais abrangente e uma acção mais cativante para eles. (Ao menos, que valha para alguma coisa passar a dar esta aula para completar o meu horário lectivo devido à retirada do direito a redução por cargo pedagógico). E, a verdade (que prova que o pessimismo é sempre um erro) é que até vou começar a próxima aula com a afixação no quadro de um A4 com letras gordas intitulado Avaliação, para dizer uma coisa que a turma em geral está a merecer: que está a revelar progressos em relação ao desgraçado ano anterior (sem o "desgraçado", claro).
Finalmente, a minha nova turma, um 8º ano, igualmente com um número considerável de alunos repetentes pouco fáceis, também está com a etapa percorrida no essencial - com essa só hoje consegui que começassem a funcionar em termos propriamente de trabalho em Matemática, por isso é que foi hoje que me saiu o uff!! do início deste post (e o próprio post).
Claro, continuo (e é previsível que continuarei todo o ano) a ter alguns alunos (o alguns "arredondado" por defeito) a que tenho que estar sempre tão atenta como à minha neta quando se aproxima o atravessar de uma rua, senão seria mais que certo que atravessariam aulas em completa distracção, mas isso já faz parte do cuidar de rotina, que sem cuidar destes e daqueles a profissão ficava assim como aquela pessoa que eu seria se não agarrase a mão da minha neta antes de chegarmos à berma do passeio.
_____________________________________________
(Adenda no post abaixo.)

2 comentários:

AnaCristina disse...

É tão bom a gente sentir que os agarrou e que já passaram a fase do "Nao sei"...

Tenho uma turma de repetentes cuja palavra de ordem ainda é o Não sei... mas aos poucos vão-se habituando que, nas aulas de Ciências, todos sabem, o que interessa é seleccionar o que se sabe sobre aquele assunto.

Bom trabalho, Isabel!

IC disse...

Bom trabalho também para ti, Ana Cristina! Abraço.