Hoje, não só o poema, também a voz do poeta.
(Memórias soltas, poemas soltos, enfim... as coisas soltas deste cantinho...)
Memória
Amar o perdido
deixa confundido
este coração.
Nada pode o olvido
contra o sem sentido
apelo do Não.
As coisas tangíveis
tornam-se insensíveis
à palma da mão
Mas as coisas findas
muito mais que lindas,
essas ficarão.
Carlos Drummond de Andrade (1902-1987)
Memória
Amar o perdido
deixa confundido
este coração.
Nada pode o olvido
contra o sem sentido
apelo do Não.
As coisas tangíveis
tornam-se insensíveis
à palma da mão
Mas as coisas findas
muito mais que lindas,
essas ficarão.
Carlos Drummond de Andrade (1902-1987)
Memória (voz do autor)
6 comentários:
No Meio do Caminho
No meio do caminho tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
tinha uma pedra
no meio do caminho tinha uma pedra.
Nunca me esquecerei desse acontecimento
na vida de minhas retinas tão fatigadas.
Nunca me esquecerei que no meio do caminho
tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
no meio do caminho tinha uma pedra
Carlos Drummond de Andrade
As coisas soltas deste blog que se prendem todas num sentir que presinto estar tão perto do meu.
Beijinhos, Isabel!
E que fique apenas o que interessa ficar ;)
Obrigada pelo poema e pela voz.
E um grande beijinho de fim-de-semana.
eccerui:
Esse poema tem-me batido frequentemente na cabeça ;)
E que bom "ver-te" aqui (enquanto vou esperando que aquele "end" da Floresta seja provisório) :)
Madalena:
Obrigada! Também eu, no teu blog, pressinto um sentir, aliás, muitos "sentires" bem perto dos meus.
Muitos beijinhos.
Tit: Um grande beijinho, bom fim de semana para ti :)
Ainda venho atempo de sentir o aroma da poesia e de desejar um óptimo Domingo... vá lá... uma óptima metade de Domingo! :)
Beijinhos!!!!
IC, já tinha saudades de passar aqui por este cantinho de poesia!
Belo poema!
Beijitos e boa semana!
PS: e as vezes as coisas soltas estao mais ligadas do que parecem à primeira vista!
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