Há 10 meses o CNE discordava e agora já concorda?
Ou estou a ler mal?
(Se estou a ler mal, corrijam-me, por favor!)
«4—Apreciação na especialidade.
4.1—No caso da formação de professores do 2º ciclo do ensino básico (...), o anteprojecto contraria a Lei de Bases do Sistema Educativo [artigo 8º, nº 1, alínea b)], dado que nela se consagra que, no 2º ciclo do ensino básico, o ensino se desenvolve «predominantemente em regime de professor por área». No entanto, o anteprojecto propõe um mesmo professor para um alargado espectro de áreas (Língua Portuguesa, Matemática, História, Ciências da Natureza e Geografia de Portugal). No nosso entender, a formação de tais professores deve conferir-lhes habilitação para a docência de uma área do 2º ciclo do ensino básico (tal como previsto na Lei de Bases do Sistema Educativo) e, simultaneamente, para serem professores coadjuvantes dessa mesma área no 1º ciclo do ensino básico. » (destaque meu)
«(…) numa altura em que as alterações ao enquadramento jurídico da formação de professores (Dec-Lei nº 43/2007 de 22 de Fevereiro) definiram uma licenciatura em educação básica comum como ponto de partida para a formação profissional pós-graduada para educadores de infância, professores do 1º CEB e professores do 2º CEB, tendo subjacente a ideia de estabelecer uma unidade educativa com identidade própria para a faixa etária dos 0 aos 12 anos. Neste contexto, importa reflectir sobre os fundamentos e os efeitos dessa reorganização do sistema educativo – relativamente à qual, desde já, se expressa a nossa concordância (…)» (destaque meu)
Com tantos documentos, alguns a carecerem que os leia com mais atenção, humildemente admito que esteja a ler mal o sentido dos excertos que citei em termos do que me parece uma contradição. Se assim é, agradeço que me corrijam.
3 comentários:
Olá Isabel, também reparei nessse pormenor quando li mas depois fui ver quem está à frente do CNE e são pessoas diferentes nas 2 vezes. Ou seja, consoante vem o vento assim roda o moinho!
Ana, obrigada pelo esclarecimento. Eu não verifiquei a composição, mas o CNE deveria manter coerência a não ser que rectificasse explicitamente uma posição anterior.
Francamente: tudo isto cheira-me a encomenda política.
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