sexta-feira, fevereiro 23, 2007

Deixou-nos há 20 anos...

No dia 23 de Fevereiro de 1987 dissemos adeus a José Afonso, dissemos:
Até sempre, Zeca!



Que amor não me engana
Com a sua brandura
Se de antiga chama
Mal vive a amargura

Duma mancha negra
Duma pedra fria
Que amor não se entrega
Na noite vazia

E as vozes embarcam
Num silêncio aflito
Quanto mais se apartam
Mais se ouve o seu grito

Muito à flor das águas
Noite marinheira
Vem devagarinho
Para a minha beira

Em novas coutadas
Junto de uma hera
Nascem flores vermelhas
Pela Primavera

Assim tu souberas
Irmã cotovia
Dizer-me se esperas
O nascer do dia

José Afonso


6 comentários:

Miguel Pinto disse...

Neste teu cantinho, do Zeca só me apetece ouvir esta canção de embalar:
Dorme meu menino a estrela d'alva
Já a procurei e não a vi
Se ela não vier de madrugada

Outra que eu souber será pra ti
ô ô ô ô ô ô ô ô ô ô ô ô (bis)
Outra que eu souber na noite escura
Sobre o teu sorriso de encantar
Ouvirás cantando nas alturas
Trovas e cantigas de embalar
Trovas e cantigas muito belas
Afina a garganta meu cantor
Quando a luz se apaga nas janelas
Perde a estrela d'alva o seu fulgor
Perde a estrela d'alva pequenina
Se outra não vier para a render
Dorme quinda à noite é uma menina
Deixa-a vir também adormecer.

Boa noite, Isabel. :)

IC disse...

:)
Miguel, ela está no meu cantinho, está aqui

Anónimo disse...

Zeca, Sempre!

henrique santos disse...

Isabel
A cantiga que postaste é uma das que gosto mais do reportório do Zeca.
é bom recordar que ele foi também um professor.

A Professorinha disse...

Também gosto de ouvir Zeca Afonso...

Beijinhos

Anónimo disse...

Zeca, Sempre!
Fica versão minha no ANACRUSES