Ao ler este post do Henrique Santos, bem como o artigo que nele também é referido (sugiro vivamente ambas as leituras), deixei um comentário pedindo desculpa ao Henrique pela ocupação do seu espaço dado que, neste meu, continuo a precisar de um considerável intervalo, indo apenas "postando" intermitentemente para não o fechar por um tempo. Mas, depois, fui eu mesma que não aceitei as minhas desculpas, por isso venho acrescentar uma parte do comentário que deixei, de certo modo como adenda ao meu post anterior. Assim, "transcrevo -me", a mim mesma:
Não sei se vou dizer uma barbaridade, mas começo a pensar na necessidade de os professores se descentrarem do ECD para se voltarem para a denúncia do real significado das actuais políticas educativas (relativas ao ensino, aos alunos), voltadas exclusivamente para os interesses económicos e, portanto, para os interesses relativamente ao mercado de trabalho. Não são os professores sozinhos que vão conseguir lutar contra isso, claro, mas as lutas laborais sectoriais actualmente pouco ou nada demovem governos (...).
Penso que só numa ampla consciencialização de povos e em amplos movimentos se virá a conseguir fazer recuar a subserviência ao neo - liberalismo desenfreado, e que só um recuo nisso poderá ter efeitos quer na questão de fundo que é a escola pública e o direito à educação e ao ensino em igualdade de oportunidades, quer também nas próprias questões laborais. Já não acredito que, neste momento, sirva de grande coisa lutar contra cada medida isolada, são as visões e objectivos globais que estão por detrás delas que têm que ser combatidos ( e de nada serve o partido do nosso governo chamar-se socialista, quem está no governo está lá para cumprir os ditames "globais").
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