Eu não sei que 'diabo' de escola de vida tive (saber, sei - sei até muito bem, é só maneira de falar), que não consigo alhear-me quer das questões a que a minha profissão esteve ligada, quer do mais que se passa neste país (e não só nele). Não é porque me falte em que me ocupar.
[Não só não me falta em que me ocupar, como continuo com coisas pendentes, à espera de tempo. Aliás, é espantoso como aquela grande organização que o trabalho profissional exige para que se consiga que o tempo chegue para todas as prioridades da nossa vida faz que se encaixe tudo nas horas de cada dia ou semana e depois, quando deixa de haver horários e obrigações a cumprir (pelo menos em boa parte do tempo, pois continua a ter-se responsabilidades e obrigações - na vida elas não são só as profissionais), parece que cada dia não chega para quase nada.]
Mas, dizia eu, não consigo alhear-me especificamente das questões da educação, e pergunto-me porquê (ou para quê), dado que já não tenho que - nem posso - lidar com elas. Poder, até podia ainda escrever - não importava que fosse lida só por dois ou três, cada um dá o seu minúsculo grãozinho de contributo e, se todos dessem, já fazia um saco cheio. Mas, a verdade é que a experiência dos 'velhos' fica ultrapassada nestes tempos de mudanças vertiginosas e não faz muito sentido que os velhos continuem a ler-estudar tudo o que é necessário só para actualizarem a sua experiência quando já não a podem aplicar no terreno próprio.
[Não só não me falta em que me ocupar, como continuo com coisas pendentes, à espera de tempo. Aliás, é espantoso como aquela grande organização que o trabalho profissional exige para que se consiga que o tempo chegue para todas as prioridades da nossa vida faz que se encaixe tudo nas horas de cada dia ou semana e depois, quando deixa de haver horários e obrigações a cumprir (pelo menos em boa parte do tempo, pois continua a ter-se responsabilidades e obrigações - na vida elas não são só as profissionais), parece que cada dia não chega para quase nada.]
Mas, dizia eu, não consigo alhear-me especificamente das questões da educação, e pergunto-me porquê (ou para quê), dado que já não tenho que - nem posso - lidar com elas. Poder, até podia ainda escrever - não importava que fosse lida só por dois ou três, cada um dá o seu minúsculo grãozinho de contributo e, se todos dessem, já fazia um saco cheio. Mas, a verdade é que a experiência dos 'velhos' fica ultrapassada nestes tempos de mudanças vertiginosas e não faz muito sentido que os velhos continuem a ler-estudar tudo o que é necessário só para actualizarem a sua experiência quando já não a podem aplicar no terreno próprio.
Além disso, há também aquele sentimento de inutilidade/impotência que não anda só a atingir os mais velhos, também os menos velhos o têm perante tantas medidas impostas prepotentemente - mas esses têm um tempo de actividade pela frente, é questão de esperar um pouco, que as cegueiras e arbitrariedades de quem está a atolar o ensino público hão-de ter o tempo contado, as consequências hão-de tornar-se tão evidentes que até a tanta gente que anda "distraída" e tinha a obrigação/responsabilidade de não andar vai dar-se conta.
E todo este palavreado só para dizer que também estou a precisar de umas férias - férias de observar todos os dias esta política (des)educativa em curso, escape desse clima de mediocridade e de obsessões a resvalarem para doença maníaca que sinto emanar dos gabinetes que decidem, regulamentam e despacham essa "política" quer nas suas linhas de fundo, quer em múltiplos pormenores absurdos, contraditórios e impositivos de uma burocracia insana. Não sei é se consigo fazer essas férias antes da semaninha em que vou mudar de ambiente, e sem net fico sem informação, que pela tv mal chego a ela - mas falta pouco, é já de hoje a oito dias, e depois, quando voltar, apesar do Agosto no calor de Lisboa, sempre respiro ar menos poluído durante mais um mês, pois estarão os senhores governantes em férias, e os senhores deputados também (mas certos silêncios destes últimos nem se vão notar - serão só uma continuação).
E todo este palavreado só para dizer que também estou a precisar de umas férias - férias de observar todos os dias esta política (des)educativa em curso, escape desse clima de mediocridade e de obsessões a resvalarem para doença maníaca que sinto emanar dos gabinetes que decidem, regulamentam e despacham essa "política" quer nas suas linhas de fundo, quer em múltiplos pormenores absurdos, contraditórios e impositivos de uma burocracia insana. Não sei é se consigo fazer essas férias antes da semaninha em que vou mudar de ambiente, e sem net fico sem informação, que pela tv mal chego a ela - mas falta pouco, é já de hoje a oito dias, e depois, quando voltar, apesar do Agosto no calor de Lisboa, sempre respiro ar menos poluído durante mais um mês, pois estarão os senhores governantes em férias, e os senhores deputados também (mas certos silêncios destes últimos nem se vão notar - serão só uma continuação).
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