Nem sempre o desafio é ganho!
Nem sempre, talvez, o peguemos pelos “cornos”.
Pois... nem sempre acontece como no caso Rita e o ódio à Matemática.
A Xana foi um caso com algumas semelhanças com o da Rita. Tinha opiniões firmes e decisões autónomas, e também detestava Matemática – uma disciplina para deixar de lado, podia passar de ano sempre com negativa nela.
Esse desafio perdi. Para o porquê, há vários talvez porque...
... nas turmas há os grupos sempre a solicitarem, mais os casos individuais a requererem particular atenção para as suas dificuldades com a Matemática, mais, também, aqueles que (nem que sejam um só) numa turma mediana têm o direito à disponibilidade mental e à preparação prévia, por parte do professor, de oportunidades para irem tão longe quanto o seu firme nível cinco mostra que podem ir;
... por muito que o queiramos evitar, também na nossa capacidade de investimento se reflectem os sucessivos momentos de vida, ora mais libertos, ora mais carregados de problemas pessoais e familiares comuns a toda a gente;
... acresce que a Xana era uma adolescente em risco (por isso foi acompanhada pela psicóloga escolar), o que torna bem pouco importante uma disciplina curricular - mesmo na sala de aula é a adolescente e não a aluna que mais temos que olhar.
Mas...
Enquanto que há aqueles alunos cuja integração e motivação de facto nos ultrapassa face aos tais factores familiares e sociais demasiado adversos, não era esse o caso da Xana. Por isso, ao chegar ao final do seu 9º ano (em que, sempre com o seu nível dois a Matemática - que o um evitamos nestas idades – ela foi aprovada), eu fiquei a dizer-me: também falhei, a este desafio eu não peguei pelos cornos.
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