Na 6ª feira decorreu, na minha escola, a festa de encerramento do ano lectivo. Apareceram ex-alunos, entre eles o Ricardo, que me trouxe à memória o tema que já abordei num post aí para baixo: Nível 5 e Nível 5.
O Ricardo, de um dos meus nonos anos do ano passado, era um óptimo aluno. Não era daqueles de respostas rápidas, intuitivas - ele concentrava-se, ponderava, queria o fundo dos porquês. Parecerá então estranho que, nos finais dos dois primeiros períodos lectivos, o seu nível em Matemática destoasse dos cincos que tinha nas outras disciplinas. Mas acontecia que nos testes, naquele problema ou questão que pretende seleccionar e testar aqueles que já temos como certo que resolverão sem erros nem dificuldade as outras, o Ricardo perdia-se nos seus raciocínios exigentes e falhava. Depois do teste, ele mesmo, sozinho, percebia a falha, mas a realidade era que, no seu futuro de estudante, não seria a avaliação contínua, mas sim os testes ou exames que determinariam os seus resultados.
O próprio Ricardo pensava nisso e ficava aborrecido consigo próprio pelas falhas em situação de teste. Quanto a mim, ter-lhe-ia dado na mesma o cinco no final se o precalço se mantivesse - era evidente que as suas competências em Matemática estavam nesse nível. Mas ele venceu, tendo 100% na prova global e resultados perto disso nos outros testes do 3º Período. E é minha convicção que foi um desafio, ao contrário de desanimador, assumido por ele como necessário.
Na 6ª feira, o Ricardo ainda não tinha as suas notas de 10º ano, mas aguardava 18 em Matemática. :)
1 comentário:
Que bom! Deve ser bom ver o legado :)
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