sábado, agosto 26, 2006

Já tenho direito a um luxo!

Não me lembro de todo em que ano tive o primeiro computador, tenho só ideia de que o primeiro objecto parecido que houve cá em casa era só um processador de texto. Mas recordo-me bem, isso sim, de várias fases a passar muitas horas enredada na descoberta, sozinha, de procedimentos e potencialidades de ferramentas, primeiro porque comecei a ter necessidade pessoal, depois porque veio a minha fase da "introdução do computador na sala de aula" (expressão enganadora, como se tivéssemos um computador sequer na sala onde damos as aulas e a perspectiva de ter mais que um para grupos de alunos não fosse ainda agora uma ilusória miragem - as minhas turmas é que iam até à sala pomposamente chamada de informática quando, diga-se, ainda só eu fazia isso na minha escola). Essa fase foi mais ou menos coincidente com a da aprendizagem de construção de páginas e, como só com o prático Front Page não se vai longe, lá passei horas a descobrir javascripts e a olhar para a confusão do html quase como se de chinês se tratasse, até começar a reconhecê-lo como razoavelmente familiar e a usar os copy-past percebendo o que estava a adicionar ou substituir. Entretanto, claro, outras fases fui tendo, incluindo a da decisão de deixar a dependência deste ou daquele amigo mais ou menos técnico ou perito quando o pc desatinava, o que me fez por mais do que uma vez ficar quase com um esgotamento em alternativa à concretização irremediável do pensamento suicida de ir buscar o martelo ou fazer o pc voar pela janela, pois este objecto tem a inclinação para desatinos precisamente quando uma pessoa anda esquecida de salvaguardar trabalhos cuja perda seria um drama ou tem em mão uma tarefa urgentíssima.

Tudo isto para dizer que tenho dois diabinhos a tentarem-me há quase dois anos, até os figuro abaixo para ao menos servirem de enfeite a esta entrada.


Já estiveram instalados, na altura eu não tinha tempo e também me disseram que estes são difíceis de desvendar sem umas lições, pelo que fiquei aguardando na esperança de que o centro de formação da minha escola promovesse uma acção para a qual até havia candidato como formador. Mas esse centro, como vários outros, tornou-se capelinha onde os pelouros instalados se protegem de intrusos, e a dita acção de formação nunca se realizou.
Vou instalar outra vez esses diabinhos que me tentam a frequentar um cursinho, pelo menos o Flash, mas algo me divide na tomada de decisão. Por um lado, isto de irmos aprendendo por explorações árduas, só com umas dicas de vez em quando de amigos, dá-me a sensação de vir a ser parvoíce ou até de trair uma espécie de princípio se for gastar euros nas aventuras pela informática. Por outro lado, eu quero mesmo actualizar-me em novas técnicas de feitura de páginas (apesar de estar a ser complicada a minha substituição na manutenção do site da minha escola, já 'fora de moda', mas em que alunos e encarregados de educação se habituaram a encontrar as informações e notícias, até as pautas, sem terem que se deslocar), e é tentadora a ideia de me poupar ao método da tentativa-erro a prolongar-se por horas provavelmente de insucesso ou resultados toscos quando até acabei de descobrir que há, próximo de mim, a papinha feita mediante um curso específico. Vou primeiro ver tutoriais, mas aqui fica a proclamação: Já tenho direito a um luxo!
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P.S.:
Se alguém, que eventualmente tenha chegado ao fim da leitura deste arrazoado todo e saiba trabalhar com o flash e com o dreamwhever, me disser se é ou não difícil dominá-los satisfatoriamente sem umas aulas, fico agradecida.

1 comentário:

IC disse...

Obrigada, acho que já decidi fazer um cursinho de flash, parece que é mesmo difícil sem umas aulas, o dreamhever é que tentarei primeiro sozinha pois há tutoriais com as lições. Bjs