É fácil iludir um povo assustado quando se faz uma campanha em que são omitidas-escondidas as medidas concretas que vão ter que ser tomadas e, ainda mais, as outras para além das impostas externamente. E são feitas promessas de intenções em abstrato para bem do povo, salientando o povo mais desfavorecido, quando, na realidade, se é por profunda convicção a favor do neoliberalismo extremado, ainda que não convenha dizê-lo.
Como se pudessem renunciar à proteção dos interesses dos grandes grupos económicos e financeiros, cujo apoio é o seu sustentáculo na posse do poder da governação.
Como se fossem capazes ou estivessem dispostos a, por exemplo, compensar o abaixamento da Taxa Social Única, imposto no acordo que assinaram, mediante taxação dos escandalosos lucros não taxados, contra o sustentáculo referido acima, evitando assim que seja o povo a compensar, evitando assim mais fome e miséria.
Imensa tristeza por ver o cravo de Abril em perigo de murchar. Mas luto, não, porque o povo pode ter sido iludido, mas o povo português não quer que esse cravo de Abril murche para sempre, e saberá regá-lo pela tomada de consciência que conduz ao NÃO, que conduz à luta que for necessária.
Há sempre os homens e mulheres que lutam... Aqui... na Europa... no Mundo...
Há aqueles que lutam um dia; e por isso são muito bons;
Há aqueles que lutam muitos dias; e por isso são muito bons;
Há aqueles que lutam anos; e são melhores ainda;
Porém há aqueles que lutam toda a vida; esses são os imprescindíveis.
Há aqueles que lutam muitos dias; e por isso são muito bons;
Há aqueles que lutam anos; e são melhores ainda;
Porém há aqueles que lutam toda a vida; esses são os imprescindíveis.
B. Brecht
É preciso saber esperar, sim. Mesmo que a mudança qualitativa aconteça sem que os que lutam toda a vida cheguem a vê-la - mas vêem e vivem os filhos ou netos. E agora a História até "anda" mais depressa.
Para os que não se acomodem: Jamais percam a ESPERANÇA!
2 comentários:
Resistir é próprio dos fortes. A esperança é alimento dos fortes. Eu não sinto nada. Um vazio. Não acredito em nenhum deles. Beijinho, Isabel.
Neste prédio em chamas, qualquer um se lança no vazio desconhecido, mesmo que o resultado final não seja muito diferente. Chegámos a um tal ponto de desconstrução social que já nada nos sobressalta; e muitos de nós já nem se importam com que margem ganham os de sempre. Fred
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