Todas as manhãs o Nuno ia sentar-se naquela varanda. A avó estranhou e perguntou-lhe:
- Porque te sentas sempre nesse local?
- Venho conversar com uma borboleta minha amiga - respondeu o Nuno.
- Devem ser umas conversas lindas - disse a avó.
- E são. Sabes, avó, a borboleta é cega, mas conhece muito bem esta varanda e a nossa trepadeira. Conta-me as suas festas, os seus bailados, as passagens de modelos que faz com as amigas...
- Nunca te contou os sustos e medos por que tem passado? - continuou a avó.
- Contou, sim, avó. Foi por causa de um desses sustos que nos conhecemos e ficámos amigos. Ela vinha a fugir de uma menina que queria apanhá-la para a sua colecção. Já muito cansada, sentiu o cheiro das rosas da trepadeira desta varanda e veio esconder-se entre as flores. Como é cega não percebeu que eu estava aqui sentado.
Quando me sentiu, assustou-se e a tremer pediu-me, por tudo, para não lhe fazer mal, nem lhe tirar a liberdade de poder voar. Sosseguei-a, dizendo-lhe que nunca lhe faria mal e que poderia, sempre, refugiar-se na trepadeira da nossa varanda, quando estivesse cansada ou corresse perigo.
Eu só estaria ali para admirar as suas cores ao sol e os seus lindos bailados. Então, a bela borboleta disse-me que era cega e que a trepadeira, com o seu cheirinho, ajudava-a muito a orientar-se. Ficámos amigos e a borboleta passou a vir todos os dias bailar para mim e contar-me as suas aventuras.
A avó, emocionada, disse:
- É uma linda história. Mesmo cega, a linda borboleta gosta de ser livre e de voar por aí, sem se enganar no caminho. Os animais, como as pessoas, amam a sua liberdade e merecem ser respeitados.
- Avó, vou contar-te um segredo: A borboleta já não vem sozinha. Traz com ela uma borboleta mais pequenina. É igualzinha à mãe, mas vê muito bem.
- Porque te sentas sempre nesse local?
- Venho conversar com uma borboleta minha amiga - respondeu o Nuno.
- Devem ser umas conversas lindas - disse a avó.
- E são. Sabes, avó, a borboleta é cega, mas conhece muito bem esta varanda e a nossa trepadeira. Conta-me as suas festas, os seus bailados, as passagens de modelos que faz com as amigas...
- Nunca te contou os sustos e medos por que tem passado? - continuou a avó.
- Contou, sim, avó. Foi por causa de um desses sustos que nos conhecemos e ficámos amigos. Ela vinha a fugir de uma menina que queria apanhá-la para a sua colecção. Já muito cansada, sentiu o cheiro das rosas da trepadeira desta varanda e veio esconder-se entre as flores. Como é cega não percebeu que eu estava aqui sentado.
Quando me sentiu, assustou-se e a tremer pediu-me, por tudo, para não lhe fazer mal, nem lhe tirar a liberdade de poder voar. Sosseguei-a, dizendo-lhe que nunca lhe faria mal e que poderia, sempre, refugiar-se na trepadeira da nossa varanda, quando estivesse cansada ou corresse perigo.
Eu só estaria ali para admirar as suas cores ao sol e os seus lindos bailados. Então, a bela borboleta disse-me que era cega e que a trepadeira, com o seu cheirinho, ajudava-a muito a orientar-se. Ficámos amigos e a borboleta passou a vir todos os dias bailar para mim e contar-me as suas aventuras.
A avó, emocionada, disse:
- É uma linda história. Mesmo cega, a linda borboleta gosta de ser livre e de voar por aí, sem se enganar no caminho. Os animais, como as pessoas, amam a sua liberdade e merecem ser respeitados.
- Avó, vou contar-te um segredo: A borboleta já não vem sozinha. Traz com ela uma borboleta mais pequenina. É igualzinha à mãe, mas vê muito bem.
Teresa Cavaco
ASSOCIAÇÃO "NÓS COM A DEFICIÊNCIA RUMO À CIDADANIA"
(Via Clube de Contadores de Histórias)
1 comentário:
Que linda história, Isabel! Às vezes, temo que se perca de vez está inocência que permanece para além das violências que nos rodeiam. Um beijinho!
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