sexta-feira, novembro 21, 2008

Pausa (Estou a precisar de um tempo de silêncio)

EL SILENCIO

Me alejo del ruidoso mundo
refugiándome en el bosque del silencio,
huyéndole a molestos decibeles
que perturban mi agobiado pensamiento.

Descansando en la quieta soledad,
en mis reflexiones inmerso,
nuevas ideas estimulan mi intelecto
cual feliz renacimiento.

Me embarga una intensa calma
que invade mi interno fuero,
refresca su sed mi deshidratada mente
bebiendo del manantial del sosiego.

Embriágame el perfume de las flores
que me llega cabalgando sobre el viento,
oigo el conversar de sus olores,
como dulce susurro de barlovento.

Percibo los nostálgicos recuerdos
que vienen de muy lejos,
lejanía que refleja una distancia,
distancia que se alarga con el tiempo.

Inapreciable compañía es el silencio
con su mudo acento,
cuando se retiran nuestros tímpanos
a un merecido asueto.

Silencio que permite disfrutar
de un sordo momento,
en el que podemos soñar,
ya dormidos, ya despiertos.

En esta dimensión sin ruidos
donde rige el silencio,
descanso mi mente,
descanso mi cuerpo.

Cástulo Gregorisch

4 comentários:

Existente Instante disse...

Prometo respeitar o seu silêncio, perturbando-o só um bocadinho.

De um artigo que escrevi no meu blogue em 9 de Outubro sobre Glenn Gould e o silêncio ( você está na dedicatória):

"“ O que diz a noite quando tocada por um raio de claridade? E por vezes...o silêncio, todo o silêncio para não respirar, como quando alguém expira. Este abismo que se abre de repente sem sabermos se é dentro ou fora de si. Notas com tamanha densidade de luz, que pensaríamos ser apenas o reflexo de uma cavidade, que tem em si o seu próprio avesso, uma sombra que teria de expiar, de trazer do reino dos mortos segundo as leis do equilíbrio absoluto entre o visível e invisível. “ (...)
Gosto do seu blogue porque ele é musicalmente silencioso.

Boa Noite e que esse silêncio benfazejo caia sobre sí.

Fátima André disse...

Isabel, sinto o mesmo. Já tentei retirar-me um pouco, mas acabo sempre vencida. Vou tentar ser mais perseverante...
Beijinhos, sorrisos e bom retiro :))

IC disse...

Obrigada pelas vossas visitas e comentários.
Estou triste, a Educação e o Ensino foram uma paixão da minha vida, lutei pela Escola Pública, lutei por tantas coisas, falei em todo o lugar em que tinha oportunidade de o fazer, chegou o meu momento de precisar de silêncio.

Teresa Martinho Marques disse...

Estou como tu e estou como a Fátima... tento... mas depois vem uma necessidade... Só que posso confessar realmente algum cansaço de falar das coisas tristes da educação. E às vezes até me sinto culpada por falar nas bonitas como se já nem tivesse esse direito estando tudo como está. Quase uma obrigação por lutar, lutar, lutar contra tudo o que está a acontecer...E não é propriamente silêncio apenas o que me apetece... apetece-me escrever poesia, cantar, pintar... assim um certo desejo de alheamento e de regresso às coisas que sempre me fizeram ser como sou nesse universo da educação... Enfim... É isso que não perdoo. Que me retirem energia absolutamente indispensável para dar o melhor aos meus meninos... Compreendo-te bem. Muitos beijinhos