Ou como, mais do que o medo que tem da Democracia, o governo demonstra esconder de A. Merkel o sentir largamente maioritário do Povo que deveria representar
Não está em questão a máxima segurança a garantir à chanceler alemã em todos os seus percursos. Mas foram também todos os acessos que nada tinham a ver com essa segurança, a algum local numa área de quilómetros à volta de Belém, que foram interditos não só a transportes privados, mas também a públicos, incluindo taxis. E indo ao pormenor de proibir as habituais paragens dos comboios na estação de Belém.
Num horário de trabalho, a grande maioria dos que poderiam ir manifestar-se, como queriam, só poderia ser de reformados e de desempregados. E a idade dos reformados já não permite (senão aos de invulgar saúde e resistência física) tão grandes percursos a pé.
Mas, aos referidos expedientes providenciados pela prepotência deste governo, acresceu outra medida que raiou o ridículo. O alto gradeamento que rodeou o CCB foi colocado a tal distância que, mesmo que fossem muitos milhares a gritarem à máxima potência das suas vozes, não seria mais do que um murmúrio o som que chegaria ao CCB.
Exagero? Não observei pessoalmente?
Não, não exagero pois observei directamente com os meus olhos, após uma aventura a que nem deveria ter-me arriscado dado que todos temos o dever de preservar o bem mais precioso, que é a saúde. (No caso, a física e também a mental)
Não me meti nesta aventura de hoje por nenhum "heroísmo", mas simplesmente porque não previa que até os comboios estivessem impedidos de parar. Não previa tanto "requinte". No tempo da ditadura não eram permitidas manifestações e os que a elas se atrevessem apanhavam logo com a polícia de choque a toda a força. PC foi mais requintado, decerto para que não lhe chamassem ditador - e de 'meia-tigela', diga-se.
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